Aprovação a Dilma despenca a 9% e atinge “volume morto” previsto por Lula

aprovacao-a-dilma-despenca-a-9-e-atinge-volume-morto-previsto-por-lulaA aprovação ao governo da presidente Dilma Rousseff desabou a 9%, o seu pior nível desde 2010, conforme a pesquisa CNI/Ibope, divulgada hoje (1º). Com isso, a popularidade de Dilma, a pior de um presidente desde Fernando Collor às vésperas do impeachment, em 1991, atinge o “volume morto” prognosticado dias atrás pelo ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva.

De acordo com a pesquisa, o percentual que considera o governo como ruim ou péssimo subiu de 64% em março, para 68% em junho. Os índices negativos superam o pior percentual registrado na série histórica de avaliações de governos feitas pelo instituto.

inbope2 Índices da pesquisa CNI/Ibope sobre governo Dilma Rousseff Arte: Hilal Khaled/Fato Online

“As maiores reduções da popularidade ocorrem nos estratos em que a presidente tende a ser melhor avaliada, ou seja, entre as pessoas com renda familiar baixa, os que residem no Nordeste e os que possuem baixo grau de instrução”Pesquisa CNI/Ibope

No quesito aprovação da maneira de governar da presidente, o índice de desaprovação subiu para 83%, contra 15% que se dizem satisfeitos. Apenas 9% consideram o governo como ótimo ou bom, contra 12% da última pesquisa.

Já o percentual da população que avalia o governo como ruim ou péssimo subiu de 64% em março para 68% em junho, O levantamento informa ainda que 83% desaprovam a maneira de governar da presidente e 78% não confiam em Dilma.

“As maiores reduções da popularidade ocorrem nos estratos em que a presidente tende a ser melhor avaliada, ou seja, entre as pessoas com renda familiar baixa, os que residem na região Nordeste, os que possuem baixo grau de instrução e na faixa da população com 55 anos ou mais”, observa a pesquisa.

Ainda conforme a pesquisa, a popularidade do governo está caindo mesmo entre as pessoas que declararam ter votado na presidente no segundo turno das eleições de 2014. Entre os eleitores da presidente Dilma, o percentual de pessoas que avaliam o governo como ruim ou péssimo subiu de 45% em março para 53% em junho.

O número dos que consideram o atual governo de Dilma pior do que o primeiro mandato aumentou para 82% em junho. Era de 76% em março. Os brasileiros também estão pessimistas com relação ao restante do governo, diz a pesquisa. Para 61% da população, o restante do governo será ruim ou péssimo.

A pesquisa foi feita entre os dias 18 a 21 de junho com 2.002 pessoas em 141 municípios. A margem de erro é de 2 pontos percentuais para mais ou para menos. O nível de confiança é de 95%.

Crise e corrupção

De acordo com o gerente-executivo de Pesquisa e Competitividade da CNI, Renato da Fonseca, a avaliação da presidente está muito atrelada à economia. “O quadro político e o quadro econômico estão afetando a popularidade da presidente Dilma”, disse Fonseca, que relembrou que o primeiro trimestre de 2015 lidera a trajetória de quedas dos últimos tempos. Em dezembro de 2014, um percentual de 27% consideravam o governo como ruim ou péssimo, e o total subiu para 64% em março deste ano.

Entre as cinco notícias sobre o governo mais lembradas pela população, a Operação Lava-Jato lidera o topo, seguido pela da mudança na aposentadoria e no seguro-desemprego, da corrupção no governo e da inflação.

“O quadro político e o quadro econômico estão afetando a popularidade da presidente Dilma”Renato da Fonseca, gerente de Pesquisa e Competitividade da CNI

Na aprovação por área de atuação, os percentuais não mudaram muito, com exceção do combate ao desemprego, que recuou de 19% para 15%. No quesito programas de combate à fome e à pobreza, também houve recuo de 33% para 29% dos que aprovam, contra 68% que desaprovam.

De acordo com Fonseca, o desemprego é um dos fatores que mais assustam a população, com destaque para os mais jovens. “A questão do desemprego vem assustando a população, principalmente a mais jovem. O impacto da população jovem que não conviveu com inflação alta e com desemprego afeta muito mais do que a população que já era mais acostumada. Mas todos acabam tendo medo do desemprego”, justificou.

Ainda conforme a pesquisa, a queda na popularidade da presidente é maior na região Nordeste, onde a presidente sempre teve os mais elevados índices de popularidade e aceitação. A queda entre os que aprovam a saúde foi de 18% para 13%, contra 86% que desaprovam. A educação, slogan do segundo mandato da presidente, também teve queda na região Nordeste – 74% desaprovam as políticas educacionais do governo. Em maio, o índice era um pouco menor: 67%.

A rejeição da presidente Dilma é maior entre os mais jovens e menor entre as pessoas com 55 anos ou mais. Na comparação entre idades, o percentual que considera o governo como ótimo ou bom cresce de 6%, entre as pessoas de 16 a 24 anos, para 14%, entre as com 55 anos ou mais. No grupo de 16 a 24 anos, o percentual que desaprova a maneira de governar da presidente é de 88%, contra 75% entre os com mais de 55 anos.

inbope3AMPLIAR Índices da pesquisa CNI/Ibope sobre o governo Dilma Rousseff Arte: Alexandre Fonseca/Fato Online

Fonte: Fato Online

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