Bancada do DF quer reunião com Rollemberg para esclarecer crise

25pol11f1_1000x667jp_336Sensibilizar o governador Rodrigo Rollemberg para a causa dos servidores públicos é o objetivo da bancada do DF no Congresso Nacional. Reunidos, ontem, senadores e deputados solicitaram um encontro com o socialista para discutirem as questões financeiras do governo. Querem saber o tamanho do rombo tão alardeado pela equipe de Rollemberg e querem buscar soluções para o pagamento dos servidores da educação, que estão em greve.

Representantes do Sindicato dos Professores do DF (Sinpro-DF) participaram da reunião, que contou com as presenças de três deputados –  Erika Kokay (PT), Izalci Lucas (PSDB) e Rôney Nemer (PMDB) – e dois senadores – Reguffe (PDT) e Hélio José (PSD). Os servidores pediram apoio da bancada, diante da recusa do governo em pagar imediatamente as férias, 13º  e diferenças salariais   para os professores.

Está em curso o processo de Antecipação de Receitas Orçamentárias (ARO), cujos recursos devem ser utilizados para quitar as dívidas com os servidores da Saúde e da Educação. A previsão, no entanto, é de que somente em meados de abril o dinheiro esteja disponível no caixa do GDF.

Hora de renanejar

Os deputados querem propor ao governador que faça um remanejamento de recursos para quitar as dívidas com os servidores e os valores previstos na ARO sejam usados para suprir o remanejamento.

“A ARO não resolverá o problema de imediato. Temos  que ver de onde podem ser tirados os recursos que possam ser supridos com a ARO. Isso independe se há rombo ou qual é a magnitude do rombo”, explicou a deputada  Erika Kokay.

Depois de resolver a “questão mais urgente”, a petista recomenda que a bancada organize uma audiência pública,  para discutir o tamanho do rombo nas contas do governo. “Escutando o governo e também aqueles que se contrapõem a esses números”, ressaltou.

Às claras

Izalci  sugeriu que o governo esclareça à bancada qual a real  situação  do GDF. “Tem muita conversa e pouca explicação”, argumentou.

Hélio José, que reiterou durante a reunião que faz parte da base, reconheceu  que a manifestação dos servidores é legítima. “Nós, da bancada, precisamos unir forças para resolver o problema. Os servidores não merecem ser punidos, os pagamentos precisam ser cumpridos”, sustentou, antes de prometer que falará pessoalmente com Rollemberg, para tratar da reunião.

A bancada pretende que o encontro ocorra antes de sexta-feira, quando os professores devem se reunir novamente em assembleia, para decidir o futuro da mobilização.

Para petista, há R$ 1 bilhão disponível

A crise financeira e a atual situação dos professores também têm mobilizado os deputados distritais. Ontem, Chico Vigilante (PT) voltou à tribuna da Câmara Legislativa para apresentar números do Sistema Integrado de Gestão Governamental (Siggo). Segundo ele, há um saldo positivo de  R$ 981 milhões “prontos para serem usados para quitar as dívidas com os trabalhadores”.

O levantamento apresentado pelo petista mostra ainda que o atual governo aumentou em mais de meio milhão de reais as despesas com cargos em comissão e funções de confiança. Vigilante observou que o governador prometera, durante a campanha,  extinguir 60% dos cargos comissionados. “Ele só não deixou de cumpriu a  promessa, mas também aumentou as despesas em 2015”, criticou.

Para o secretário da Casa Civil, Hélio Doyle, “o deputado ainda não aprendeu a ler e entender o Siggo”. Segundo Doyle, as contas do petista misturam os valores. “O deputado raciocina como se todo o dinheiro que o GDRF tem estivesse disponível para pagar atrasados deixados pelo governo Agnelo”, afirmou.

De acordo com Doyle, as contas estão erradas. “O deputado quer, com isso, provar uma situação que não é real”, disse, destacando que a contagem dos servidores no levantamento mostrado pelo deputado está errada. “Ele contou três vezes a mesma pessoa”, argumentou.

Fonte: Da redação do Jornal de Brasília

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