Junto ao presidente do Paraguai, Mario Abdo Benítez, o presidente Jair Bolsonaro (PSL) lançou hoje a pedra fundamental para a construção de uma nova ponte entre o Brasil e o Paraguai.
A nova ponte terá 770 m de comprimento com vão livre de 470 m. A estrutura será estaiada, ou seja, sustentada com a ajuda de cabos.
Os dois principais pilares estarão 50 m acima do nível da água da represa de Itaipu, segundo o diretor de Coordenação da Itaipu Binacional, Newton Luiz Kaminski.
A previsão é de que a ponte tenha duas pistas para veículos e uma passarela para o trânsito de pedestres.
A cerimônia aconteceu em Foz do Iguaçu, no Paraná, que faz fronteira com o país vizinho, e contou com a presença também de ministros e autoridades.
No evento foram assinados convênios para a construção e autorização de repasse de recursos de Itaipu, segundo a companhia. Bolsonaro ainda sancionou mudanças na lei que determina o valor dos royalties pagos pela usina ao município de Guaíra.
A medida é uma forma de compensar o alagamento do Salto de Sete Quedas/Guaíra para a formação do reservatório de Itaipu, segundo a própria. O valor repassado para o município passará de R$ 15 milhões para aproximadamente R$ 25 milhões anuais, informou o governo.
A ponte ligará Foz do Iguaçu a Presidente Franco, no Paraguai. A expectativa, segundo a Itaipu Binacional, é de que as obras sejam concluídas em até três anos ao custo de R$ 462.995.564, investidos por ambas as nações.
Com a nova ponte, a intenção é que a Ponte Internacional da Amizade, inaugurada há 54 anos, fique restrita a veículos leves e ônibus de turismo.
O governo brasileiro também espera que o fluxo de veículos pesados no centro de Foz do Iguaçu diminua e, assim, o trânsito na região melhore.
Bolsonaro iniciou o discurso dizendo que alguns têm uma camisa paraguaia, outros, relógio paraguaio, enquanto ele tem o coração, arrancando aplausos da plateia.
Ele elogiou Abdo Benítez, falou da importância da nova ponte e disse “como é bom estar na frente de um país em que as velhas ideologias foram deixadas para trás”, em crítica indireta à esquerda.
Abdo Benítez, por sua vez, chamou o momento de “histórico” e avaliou que a estrutura a ser construída ajudará a aproximar os povos como a Ponte da Amizade o fez há décadas.
Ele afirmou não ser possível que se espere mais 50 anos para a realização de uma outra ponte e elogiou o governo Bolsonaro.
Fonte: Uol