Caso Arlon: encontrada bicicleta do pesquisador da UnB vítima de latrocínio

Policiais militares encontraram, em uma casa no Itapoã, peças da bicicleta de Arlon Fernando da Silva, morto em um latrocínio na noite de 7 de dezembro enquanto pedalava em frente ao Palácio do Buriti. O delegado-chefe da 5ª Delegacia de Polícia (Área Central), Rogério Henrique Oliveira, confirmou que os objetos pertenciam à vítma. Ainda não há confirmação sobre detidos. O acusado de ter matado Arlon, identificado como Daniel Sousa de Andrade, está foragido.

De acordo com a Divisão de Comunicação da Polícia Civil, Daniel, que é usuário de crack, era o principal suspeito e foi ouvido no dia seguinte ao crime. À época, ele negou a autoria. Porém, agentes conseguiram imagens de circuitos de câmera em que ele aparece com a bicicleta de Arlow deixando o local do crime em direção à Ponte JK, sentido Paranoá.
Além disso, outras cinco pessoas prestaram depoimento e disseram que viram o suspeito com a bicicleta da vítima. O delegado pediu a prisão do suspeito na noite desta segunda-feira (15/1), e a Justiça deferiu o pedido por volta de 1h desta terça (16). Equipes PCDF e da Polícia Militar estão nas ruas, neste momento, em busca de Daniel.
Antecedentes criminais
De acordo com Rogério Henrique Oliveira, Daniel já tinha sido preso por uma tentativa de latrocínio em 28 de outubro de 2015. Na época, ele deu uma paulada em um militar do exército. A vítima, porém, reagiu e baleou o agressor, que chegou a ficar quatro meses em prisão domiciliar. O crime aconteceu nos arredores do Museu do Índio, mesmo local em que o suspeito surpreendeu Arlow.
O rapaz em posse da bicicleta, identificado como Luiz Carlos Santos Ramos, foi preso por receptação. Ele não possui passagens, era um grande amigo de Daniel e sabia a origem do veículo. Ele contou à polícia que viu o crime na TV e quis devolver o equipamento. O suspeito teria dito que “matou mesmo” e que “o negócio estava feito”.

Morto no Eixo Monumental

Arlon Fernando da Silva era aluno de doutorado em física na Universidade de Brasília (UnB). Ele foi assassinado a facadas em 7 de dezembro do ano passado na ciclovia da S1 (Eixo Monumental), em frente à Câmara Legislativa e a poucos metros do Palácio do Buriti. O jovem voltava para casa, no Sudoeste, de bicicleta, como costumava fazer todos os dias, segundo contam amigos. Ele era considerado reservado e estudioso.
De acordo com a PM,  Arlon sofreu uma perfuração grave na axila esquerda e outras na mão e no braço. Ele foi encontrado caído ao lado da pista por policiais militares que estavam em três viaturas que se deslocavam para o ginásio Nilson Nelson, onde acontecia um show. O estudante chegou a ser socorrido por uma ambulância do Serviço de Atendimento Móvel de Urgência (Samu), mas não resistiu aos ferimentos e morreu no Hospital de Base.
O assaltante que matou o pesquisador demorou menos de dois minutos para abordar, esfaquear e levar a bicicleta da vítima. Um vídeo das câmeras externas do Palácio do Buriti, ao qual o Correio teve acesso com exclusividade, mostra o estudante pedalando na ciclovia ao lado do Eixo Monumental, na altura da Câmara Legislativa e em direção ao Memorial JK. A imagem não registra o momento do ataque, mas mostra o criminoso em fuga, com a bike roubada.
Fonte: CB

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