Deputados condicionam aprovação de projetos a aprovação de cronograma por sindicatos

20151021003416O governo saiu do encontro confiante, mas sindicalistas e deputados duvidam que o cronograma a ser apresentado na sexta-feira agrade as categorias.

Toda a equipe de  articulação política do governo Rollemberg se envolveu nas negociações com os sindicatos, ontem, na Câmara Legislativa. Os secretários Sérgio Sampaio (Casa Civil) e Marcos Dantas (Relações Institucionais e Sociais) trabalharam para tentar convencer as categorias a voltarem ao trabalho. Em vão. Usaram o mesmo discurso de falta de dinheiro e esgotaram a paciência dos sindicalistas. Na reunião, da qual também participaram os deputados, ficou acertado que, se os servidores acatarem o cronograma de pagamento dos reajustes que o governo vai apresentar, a Casa deve aprovar sete projetos de lei  de interesse do Executivo e que devem ampliar a arrecadação.

O governo saiu do encontro confiante, mas sindicalistas e deputados duvidam que o cronograma a ser apresentado na sexta-feira agrade as categorias.

A proposta que aumenta a Taxa de Limpeza Pública (TLP) encabeça a lista de projetos do governo. Ela parece mais palatável, já que o Executivo cita no projeto que o aumento atingirá  apenas 277 grandes geradores de resíduos.

Está entre as  propostas, um projeto que altera a área  de um parque no Guará; outra que  liquida a Sociedade de Abastecimento de Brasília (SAB); outra que modifica o destino de recursos transferidos ao Buriti como dividendos de empresas das quais o DF é acionistas; uma  que altera os produtos cuja alíquota é destinada ao Fundo de Combate e Erradicação da Pobreza; e a PLC de Outorgas Urbanísticas, que exige o pagamento antes da emissão do alvará de construção.

Também faz parte da lista a proposta que cria uma autarquia interestadual para buscar recursos ao desenvolvimento do Centro-Oeste.

Na reunião o governo apresentou também a intenção de aprovar quatro outros projetos: venda de 32 imóveis da Terracap; cobrança de uso de áreas públicas; reajustes do ISS -de 2% para 4% – de cartórios; e alteração nas alíquotas de ICMS – de 12% para 15% – do setor atacadista.

Articulador chega em hora de crise

Em momento crítico para o governo, foi apresentado ontem, na Câmara, o novo articulador do Buriti: Igor Tokarski deixa a Administração de Brasília e passa a ser secretário adjunto de Relações Institucionais e Sociais. No lugar de Marcos Dantas, que irá comandar a Secretaria de Mobilidade.

Político, Tokarski minimiza a crise e diz que o governo trabalhará para mostrar que esta gestão é transparente e tem compromisso com as contas públicas. “Vamos apresentar um cronograma que seja exequível”, resumiu.

A expectativa do adjunto, que chega com a difícil tarefa de substituir Dantas, que conquistou a simpatia dos parlamentares, e de negociar com os sindicatos, cada vez mais impacientes com um governo de pouco diálogo. “É um momento  sensível”, reconhece. “Mas tenho certeza de que os sindicatos terão muita responsabilidade na negociação, sabendo da real situação dos cofres do GDF”, disse Tokarski, repetindo discurso ensaiado no Buriti.

Grupo de trabalho

A proposta que o governo fará às categorias, ele repete, será “responsável” – ou seja, que levará em conta a situação fiscal. Um grupo de trabalho será instituído, já amanhã, com participação dos sindicatos e do governo para elaboração do cronograma.

 Fonte: Jornal de Brasília

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