Dilma mobiliza ministros para defender governo no Congresso

20150223_DF03_congressovazio (1)A volta das atividades do Congresso – que teve um generoso recesso de 11 dias durante o Carnaval – reacende a crise política, marcada por votações desfavoráveis à presidente Dilma Rousseff, sobretudo na Câmara.

O governo se cerca de cuidados para evitar que novas derrotas aprofundem o desgaste e tenham consequência nas medidas de ajuste fiscal — grande foco do segundo mandato até agora. Em outra frente há o esforço para desmontar o cenário favorável ao palanque da oposição.

Os trunfos normalmente usados em momentos de crise estão enfraquecidos. A oferta de cargos para o segundo escalão está emperrada até, pelo menos, o Ministério Público Federal divulgar a lista de políticos suspeitos de envolvimento no esquema de pagamento de propina na Petrobras. A liberação de emendas parlamentares deixou de ser um instrumento de convencimento depois de aprovado o orçamento impositivo.

No cafezinho
A trincheira será armada nesta terça-feira. Cinco ministros assumiram o papel de defensores das propostas governistas. Nelson Barbosa (Planejamento), Pepe Vargas (Relações Institucionais), Miguel Rossetto (Secretaria-Geral), Manoel Dias (Trabalho) e Carlos Gabas (Previdência) ficarão à disposição dos parlamentares para tirar dúvidas sobre o pacote trabalhista e das medidas econômicas.

Estão agendados dois cafés da manhã: um nesta terça com líderes do governo e da oposição; e outro na quarta, só para deputados da base aliada.

Temores
Mesmo antes de sentar-se à mesa, o governo teve uma vitória parcial. O presidente do Senado, Renan Calheiros (PMDB-AL), retirou o veto ao reajuste de 6,5% na tabela do Imposto de Renda da pauta da sessão do Congresso desta terça. “Eu sinto muito. Vetei porque não tem recursos. Meu compromisso é com 4,5%”, disse Dilma, na sexta-feira. A oposição cobrará a inclusão da proposta na pauta.

Pressionado principalmente pelas centrais sindicais, o governo avalia tornar menos rígidos os ajustes feitos na legislação trabalhista para evitar que as mudanças descaracterizem o texto.

A chamada PEC da Bengala é outro alvo de preocupação. Além disso, a CPI da Petrobras com um perfil menos governista (leia abaixo) é uma ameaça.

Fonte: Marcelo Freitas – Metro Brasília

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