GDF vai fazer revisão em projetos sociais

20151126004337O governo  Rollemberg reverá o cadastro do Bolsa Família e do DF Sem Miséria até o final deste ano. Além do pente-fino para a suspensão de  pagamentos indevidos, o Palácio do Buriti planeja ações para  intensificar o acompanhamento da frequência escolar e a vacinação das crianças das famílias carentes  beneficiadas.

Segundo a Secretaria de  Trabalho, Desenvolvimento Social, Mulheres, Igualdade Racial e Direitos Humanos, 94.815 pessoas estão cadastradas pelo Bolsa Família, recebendo mensalmente R$ 13,2 milhões da União. Dentro deste total, 65.284 recebem o reforço de R$ 9,9 milhões,  por mês, pelo DF sem miséria, custeado pelos cofres brasilienses.

“A gente está fazendo todo um trabalho para que tudo fique automatizado, usando gestão e tecnologia da informação. Para que quando a pessoa receber o benefício, a  gente possa ter a certeza de que ela precisa e não estaremos pagando para alguém que não precisa”, explicou o secretário de Trabalho,  Joe Valle.

O DF amarga as últimas posições no ranking de acompanhamento das contrapartidas sociais exigidas pelo Bolsa Família. Conforme as contas de Valle, o governo só segue a vacinação de 37% das famílias contempladas. “É o índice  mais baixo do País”, afirmou.

Em relação à educação, até o momento, o GDF se  limita a exigir a matrícula das crianças. E não fiscaliza se garotos e garotas não frequentam as aulas.  O descaso no acompanhamento é preocupa o Ministério do Desenvolvimento Social.

Para reverter este quadro, Valle tenta obter informações dos secretários de Educação e  Saúde. Um dos objetivos, por exemplo, é a   fiscalização da frequência das crianças em sala de aula nos   semestres .

A crise financeira, local e nacional, começou a pressionar os programas de assistência social no DF. Entre agosto e novembro, o Bolsa Família recebeu 13.158 novos inscritos. Em outubro, foram inseridas 8.445 pessoas no DF Sem Miséria.

Para  Valle, o apoio financeiro tem sido fundamental para minimizar os efeitos da tormenta financeira. Afinal com os recursos as famílias consomem principalmente alimentos e movimento o comércio, especialmente os pequenos estabelecimentos.

Cada vez menos empregos

De cada 100 pessoas que buscam emprego na Agência do Trabalhador, somente quatro conquistam a carteira de trabalho assinada, conforme levantamento do governo do DF. Estes números alarmantes refletem o delicado momento econômico brasileiro e as falhas do atual modelo de combate ao desemprego.

“Vamos trabalhar junto com o setor produtivo na qualificação dessas pessoas. Não vamos mais, simplesmente, captar a vaga, achar a pessoa que vai até a Agência do Trabalhador e encaminhar.  Nós vamos terminar o nosso serviço com o trabalhador com a carteira assinada”, prometeu Joe Valle.

O governo passará a focar esforços para a oferta de cursos de capacitação empresarial. A ideia é formar microempreendedores para garantir renda a estas pessoas e, por tabela, dinamizar a cadeia da economia.

Em dezembro, o governo lançará uma plataforma digital para qualificação para empreendedores à distância. Em paralelo ao projeto de internet gratuita, o GDF também pretende oferecer vagas aos desempregados em ruas e praças na tela de celulares.

Mudanças nos restaurantes comunitários

1 – Até janeiro de 2016, o governo reformulará o projeto dos restaurantes comunitários. Após o aumento das refeições, houve uma queda generalizada na frequência.

2  – De acordo com Joe Valle, os primeiros testes serão no Itapoã, onde houve uma queda de 70% das refeições. A população carente inscrita em programas sociais poderá pagar uma taxa diferenciada, próxima a R$ 1,50.

3 – O governo  estuda promover feijoadas especiais e levar apresentações de teatro e cinema nos restaurantes.

Fonte: Jornal de Brasília

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