Informações do governo federal confirmam a presença de organizações como o PCC e Comando Vermelho em Goiás

PCC e Comando Vermelho contam com 1500 integrantes no interior, segundo dados do Ministério da Segurança Pública repassados ao governador eleito, Ronaldo Caiado, que busca subsídios para enfrentar os problemas na área.

O governador eleito, Ronaldo Caiado (Democratas), teve acesso, nessa terça-feira (6/11), a uma série de dados sobre a situação da segurança pública em Goiás, incluindo sistema carcerário, efetivo policial, dados de inteligência e quadro das facções criminosas. Os dados, repassados pela assessoria do Ministério da Segurança Pública em reunião com a presença do ministro Raul Jungmann, confirmam um cenário grave na segurança pública do Estado.

A equipe técnica fez uma exposição que mostrou, por exemplo, uma defasagem de 9.767 vagas em presídios goianos, como também uma enorme carência na força policial: são 3.635 policiais civis, 11.667 policiais militares e 2.790 bombeiros para atender a uma população de quase sete milhões de pessoas em 246 municípios. No caso das facções, as informações atestam uma presença forte de organizações como o PCC (Primeiro Comando da Capital) e Comando Vermelho em Goiás.  Segundo o ministério da Segurança Pública, em dados repassados ao governador eleito Ronaldo Caiado, PCC conta com 1000 integrantes em cidades do interior. Já o CV tem 500, mas está mais estruturado financeiramente.

“Tivemos a oportunidade de avançar na discussão de temas que são extremamente importantes. Primeiro lugar, em relação ao sistema prisional do Estado de Goiás, ouvindo especialistas na área e também o próprio ministro da Segurança Pública, Raul Jungmann, que convocou toda sua assessoria, desde a área da inteligência até a área da segurança, a da avaliação das facções, assim como a da situação dos presídios de Goiás. Fizeram uma exposição mostrando uma defasagem de mais de 230%, ou seja, um déficit de nove mil vagas no sistema penitenciário, como também a desproporção que existe hoje de policiais civis, militares e bombeiros. Diante desse quadro, é lógico que a incapacidade do setor da segurança pública em poder dar sustentação e segurança à população goiana é inviável, em um Estado que tem hoje quase sete milhões de habitantes e 246 municípios”, relatou Caiado.

Para Caiado, a situação crítica na segurança pública do Estado é oriunda da gestão temerária nos últimos 20 anos. “Esse é um colapso que foi provocado pela má gestão dos últimos anos, período em que realmente nós não tivemos nenhuma contratação e, ao mesmo tempo, houve uma diminuição do número de policiais para atender uma população crescente no nosso Estado. Os dados foram detalhados por toda a assessoria do ministro, que fez um parecer e uma pauta mostrando a presença das facções e o número de militantes”, disse o governador eleito.

O democrata ainda tomou conhecimento de projetos, programas, modalidades de convênios e outras parcerias que podem ser feitas entre o Estado e o governo federal para dar maior sustentação à segurança pública goiana. “O quadro é grave e estamos buscando essas informações para que possamos enfrentar esse problema”, ratificou Caiado.

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