Mistério em Brasília: quem jogou R$ 1 milhão em notas falsas no Lago Paranoá?

mala-de-dinheiro-arquivo-da-investigacaoA maleta lotada de dinheiro foi encontrada pelos mergulhadores do Corpo de Bombeiros no dia 23 de fevereiro. Poderia ter sido a maior derrama de dinheiro falso já ocorrida na história do Distrito Federal.

No dia 23 de fevereiro, uma lancha da Polícia Militar navegava pelo Lago Paranoá, quando teve uma pane embaixo da Ponte das Garças, a mais antiga das três pontes que ligam o Plano Piloto ao Lago Sul, bairro nobre de Brasília. O policial que conduzia a lancha abriu a tampa para verificar o motor danificado. Por acidente, deixou a tampa cair nas águas turvas do lago. Como a tampa afundou imediatamente, ele não teve alternativa senão pedir socorro aos mergulhadores do Corpo de Bombeiros. É quando começa uma das histórias mais inusitadas destes primeiros meses de 2015 em Brasília.

Quando emergiram do fundo do Lago, os mergulhadores voltaram não apenas com a tampa do motor da lancha, mas com uma mala de couro preto, do tipo 007. Quando a mala foi aberta, a surpresa: ela estava recheada de dinheiro. Mais de R$ 1 milhão. As notas estavam molhadas e coladas. Tinham perdido parte da coloração original, adquirindo um tom entre verde e azul. Mas ainda relativamente intactas. Havia um pouco de lama e água nas bordas da maleta. O Fato Online obteve, com exclusividade, uma foto da mala encontrada, que faz parte dos documentos da investigação, narrada ao site por agentes da Polícia Federal.

Enviada para perícia, verificou-se que a dinheirama era falsa. Seria uma das maiores derramas de dinheiro falso que Brasília já viu. A Polícia Federal investiga agora a origem dessa mala. Uma série de mistérios, porém, permanece.

Quem jogou a mala de dinheiro falso no Lago Paranoá? Por quê? Quem falsificou tal quantidade de dinheiro? Há mais dinheiro falso além desse circulando por Brasília?

Medo de um flagrante

A soma de dinheiro falso e a forma como ele foi encontrado intrigou policiais da superintendência da PF no Distrito Federal. A suspeita dos investigadores é a de que as notas foram jogadas no lago provavelmente por alguém que queria evitar algum flagrante, quando atravessava a ponte das Garças. “O dinheiro foi jogado na hora em que passavam pelo local durante uma ação policial, ou foi simplesmente desovado”, diz um policial federal envolvido na investigação. Ou seja, diante do receio de que o dinheiro fosse descoberto numa revista, a mala foi atirada no lago, provavelmente por alguém que passava de carro na ponte.

O dinheiro falso foi enviado para a perícia no Instituto Nacional de Criminalística (INC). A Polícia Federal não sabe estimar o valor exato do volume de dinheiro falso. Como muitas notas estavam coladas, não foi possível soltá-las para contar a quantia. Porém, a estimativa, pelo volume encontrado na mala, é que a soma ultrapasse R$ 1 milhão. Segundo os investigadores, as cédulas já estariam no lago há algum tempo pelo estado da maleta.

Mesmo número de série

Foi fácil descobrir que o misterioso dinheiro encontrado no fundo do Lago Paranoá era falso. “As notas estavam com o mesmo número de série”, conta um agente da PF que tem acesso à investigação. Isso leva a crer que as cédulas seriam distribuídas no chamado varejo e não em grandes quantidades. Para que não se chamasse a atenção para a coincidência no número de série, a quadrilha provavelmente distribuiria o dinheiro em pequenas compras. O volume total, no entanto, aponta para uma tentativa de derrama alta de dinheiro falso na praça.

Apesar de o dinheiro falso não ter circulado, a Polícia Federal abriu um inquérito para tentar encontrar alguma pista que possa levar à identificação dos falsificadores. O crime por falsificação de moeda pode gerar uma pena de três a 12 anos de prisão.

Fonte: Fato Online

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