PHS dá um basta a impunidade

PHS 1NOVO AFASTAMENTO DE EDUARDO MACHADO TEM APOIO DE 26 DIRETÓRIOS ESTADUAIS.

Dirigentes estaduais, parlamentares e demais membros da Executiva Nacional do Partido Humanista da Solidariedade- PHS, de 26 Estados, estiveram em Brasília nessa quarta-feira (31), em sua Sede Nacional, para manifestarem apoio a cerca da decisão do Conselho Gestor Nacional pelo afastamento de Eduardo Machado do comando da sigla, após denúncia protocolada pelo Conselho de Ética e pelo Conselho Fiscal da legenda.

Em discursos acalorados, verificou-se que havia um consenso pela não permanência do presidente denunciado no comando da legenda, pois de acordo com vários depoimentos de integrantes do Partido e de funcionários, além de indícios de corrupção, Machado agia de maneira isolada, tirana e unilateral em suas decisões. “Trabalhei minha vida inteira com pessoas, inclusive como funcionário público dos Correios e nunca fui tão humilhado como nesses últimos cinco (5) anos de gestão do Eduardo”, declara Francisco de Assis, gerente administrativo e financeiro do Partido desde a sua fundação em 1997.

No mesmo dia, horas antes da reunião marcada com dirigentes e filiados de todo Brasil, a Sede Nacional do PHS, localizada no Lago Sul em Brasília, foi invadida por Eduardo Machado e mais quatro dos seus aliados.  Com auxílio de um chaveiro e seguranças armados, Machado em companhia do deputado federal Marcelo Aro (PHS-MG), do tesoureiro nacional Murilo Oliveira – que também está sendo investigado por supostas irregularidades de conduta – e do goiano Felipe Cortês, ainda com a participação de uma funcionária da Funsol, por codinome Carol, tentaram surrupiar de forma sorrateira diversos documentos do Partido que podem comprovar desvios de recursos do Fundo Partidário, contratos de origem duvidosa, celebrados por Machado com empresas de parentes, entre outros.

No momento em que tentaram se evadir com um veículo Línea, cor preta, placa OMP 4009 de Goiânia – GO, carregado de documentos, computadores e pertences pessoais de funcionários, houve a intercepção do presidente nacional do Conselho Fiscal, Luiz Carlos Ribeiro, que por sua vez também é Coronel da reserva do Corpos de Bombeiros do DF. Sabe-se ainda, que o presidente afastado em companhia do deputado federal Marcelo Aro (PHS-MG), conhecido como ex-braço direito do ex-deputado Eduardo Cunha, preso pela Operação Lava Jato em Curitiba, não permaneceu mais que 20 minutos no local, apenas fez uma foto com legenda e a localização da sede, que foi postada como uma espécie de troféu em suas redes sociais.

De acordo com a empresa de segurança privada Griffo, que fazia a segurança das instalações da Sede Nacional, Eduardo teria deixado ordens expressas a toda equipe, com a proibição da entrada de qualquer pessoa, até mesmo de funcionários, dirigentes e filiados na Sede.  No momento em que os convidados foram chegando para o evento, estranharam o bloqueio, a truculência dos seguranças e a movimentação atípica no local, e, de imediato, acionaram o apoio da Polícia Militar que chegou minutos depois. Dois dos cúmplices de Machado fugiram ao perceberem a presença dos Policiais, e quem protagonizou a cena foi o Tesoureiro Murilo Oliveira, que foi conduzido coercitivamente de camburão pela equipe da PMDF para a Delegacia de Polícia Civil da Região. Pouco tempo depois, o veículo interceptado na garagem lotado de documentos, foi aprendido e levado pelos policiais em um guincho para o pátio da 10ª DP para ser periciado.

Diante das diversas denúncias de irregularidades, o contador do Partido há quase 20 anos, o Sr Starck  veio de Petrópolis RJ para acompanhar o caso, porém assim como outros membros do Partido, também foi impedido de acessar as dependências da Sede Nacional por determinação de Machado e de Murilo. “É inaceitável e no mínimo estranho o que estão querendo fazer com o PHS”, declarou Starck.  Há rumores que Felipe Cortês tem diversos registros de antecedentes criminais, por essa razão evadiu-se rapidamente em companhia da com da tal Carol e temendo serem presos pela PMDF, deixaram Murilo sozinho na situação.

Durante o evento que ocorreu no final da tarde, após a Polícia Militar determinar a saída dos invasores e trazer de volta a normalidade administrativa, diversos membros e personalidades do Partido se pronunciaram na tribuna, repudiando os atos de Machado e endossando o apoio irrestrito a decisão da Direção Nacional pela não continuidade de Eduardo à frente da sigla. No decorrer do encontro muitos gritos de ordens foram proferidos, tais como: “Renuncia Eduardo!”, “O Partido não é seu, é de todos!” e “Fora ladrão!”, entre outros.

Entre os dirigentes estaduais favoráveis a decisão pelo afastamento de Machado, que assinaram ata e ratificaram o apoio às decisões tomadas pelo colegiado, estavam diversos deputados da Bancada Federal, entre eles: Diego Garcia (PR), Givaldo Carimbão (AL), Dr. Jorge Silva (ES), Carlos Andrade (RR), Marcelo Matos (RJ). Em discurso, o líder da bancada na Câmara Federal Dep. Diego Garcia (que também é presidente estadual no Paraná), externou a sua preocupação em relação à imagem e a reputação do Partido diante dos últimos fatos. Segundo ele, o PHS não pode ser maculado em razão de um fato isolado, cometido por um dirigente descompromissado com a ética e com a responsabilidade social. “O PHS é muito maior que isso e não devemos deixar o trabalho sério que propomos parar por conta de uma pessoa que não tem compromisso com a ética e com a seriedade, ainda mais em um momento tão delicado o qual nosso País está passando”, destacou Garcia.

O ex-dirigente nacional, que acumula muitos patrimônios em seu nome e em nome de parentes, foi afastado há quase 40 dias e desde então vêm tentando na justiça reaver seu posto de presidente nacional e atrapalhar a rotina administrativa do Partido. Muitas foram as ações infantis e desastrosas que complicaram ainda mais a sua situação. Machado conseguiu na justiça uma liminar que revertia o motivo do seu primeiro afastamento, ou seja, ausência do nome dele como filiado à legenda. A decisão judicial foi cumprida pela Direção do Partido, porém no mesmo momento, outras 5 (cinco) notificações foram expedidas o afastando novamente.

Entre outras alegações para novos motivos de afastamento expedidos pela Direção Nacional, está o crime de acúmulo de salário, uma vez que Machado recebeu proventos como secretário de Estado no Governo de Goiás (cerca de R$ 20 mil), durante o mesmo período em que recebeu salário de dirigente nacional do PHS (aproximadamente R$ 35 mil), sendo que esse último sempre era pago no início de cada mês, com recursos do Fundo Partidário, através de cheque nominal, assinado por ele próprio.

Em conformidade com o Estatuto do Partido e a legislação vigente que rege a Administração Pública brasileira, ambos os cargos por ele ocupados na ocasião, eram de dedicação exclusiva, e antes das posses, o mesmo assinou termos de compromissos neste sentido, que, todavia não foram respeitados.

Ainda de acordo com a Direção Nacional, Machado perdeu sustentação política interna e chama de golpe o ato que o afastou, sendo esse deliberado pelo mesmo colegiado que o elegeu, ou seja, chama de ilegítimo um procedimento idêntico ao que há 05 anos deu legitimidade para ele. Para o secretário-geral adjunto Cristian Viana e membros da Executiva Nacional do Partido, entre eles: os vice-presidentes nacionais Belarmino Sousa, Claudio Maciel, Jorge Arturo, o secretário nacional de articulação Osmar Bria e o vice-tesoureiro nacional Marcelo Piuí a decisão de permanência ou não de qualquer dirigente ou membro na legenda, cabe ao colegiado interno, a qual, é sempre pautada pelo Estatuto do Partido (Carta Magna da Instituição) e as decisões ocorrem sempre de forma coletiva e democrática, aonde prevalece a vontade da maioria absoluta do colegiado (matéria Interna corporis).

A decadência política interna de Machado e a perda da popularidade da sua gestão à frente do PHS, pôde ser nitidamente percebida através do apoio maciço e das manifestações favoráveis ao afastamento vindas dos mandatários Estaduais e Municipais presente na ocasião. Os parlamentares e líderes em discurso, destacando-se os deputados estaduais: Tim Gomes (CE), Augusto Bezerra (SE), Clélia Gomes (SP), Lira (DF), bem como o secretário de turismo do governador Geraldo Alkimin e presidente da sigla no Estado de São Paulo, Dr. Laércio Benko (SP), acompanhados dos vereadores e dirigentes estaduais, Wilker Barreto (AM), dos prefeitos Orfiney Sadala (Macapá-AP) e Sandro Matos (São João do Meriti-RJ), e ainda de Leandro Prudêncio (RN), Claudinei Carlesse (TO), Igor Normando (PA) e Junior Muniz (BA), consolidaram de vez a derrota política de Eduardo Machado nas bases internas do Partido.

Fonte: Ascom PHS Nacional

 

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