Polícia Militar rebate denúncia de cancelamento do plano de saúde da categoria

centro-medico-da-policia-militar-sheyla-lealA Polícia Militar rebateu as afirmações do vice-presidente da Associação dos Praças Policiais e Bombeiros Militares do Distrito Federal (Aspra), Manoel Sanção, sobre o cancelamento do plano de saúde da categoria. Conforme reportagem publicada pelo Fato Online, policiais e dependentes estão sem atendimento médico na rede privada de saúde, que cobra da instituição o pagamento de consultas e exames realizados.

A nota encaminhada pela PM ao portal, porém, traz algumas contradições. Em um trecho da mensagem, a Comunicação Social relata que “o valor referente ao desconto do Fundo de saúde é muito inferior ao valor informado na reportagem (de até R$ 300)”. O departamento exemplificou com o valor descontado de um 2º Sargento, que “é de R$ 18,49 + R$ 6 por dependente”, destaca a PM.

Mas esse valor pode ser flutuante, como mostra o contracheque do autor da denúncia. Sanção, que também é sargento, teve R$ 71 de descontos referentes a Fundo de Saúde no mês de fevereiro. Ele acrescenta que já pagou mais que isso. “Esse valor varia muito. Já paguei R$ 300”, afirmou ele.

No mesmo documento, a PM informa, categoricamente, que não foi cancelado/suspenso o atendimento em nenhum hospital credenciado: “mas com a inauguração do nosso Centro Médico que atende várias especialidades houve uma redução dos serviços feitos nas unidades privadas, sendo que o serviço é fornecido na nossa instituição”.

E acrescentou, na mesma resposta, que “foi estabelecido um serviço de triagem nos atendimentos eletivos (atendimentos que não são de urgência) nos hospitais particulares e que mantém, no centro médico, o que pode ser feito aqui e direciona para os credenciados somente as especialidades/exames que não são fornecidos no nosso centro”.

A reportagem ligou ontem para o Hospital Maria Auxiliadora, do Gama, que é credenciado com a instituição e que pertence à rede Santa Lúcia.  Uma funcionária afirmou que a orientação dos responsáveis pela unidade foi a de que o “atendimento de consultas e exames para policiais militares está suspenso”.

Por fim, o departamento de comunicação da PM comunica que o dinheiro descontado dos policiais “não é para ser repassado diretamente para hospitais credenciados e, sim, para investimentos em saúde”. E cita como novo exemplo o Centro Médico da PMDF que, segundo a nota, foi construído com o dinheiro.

Em resposta a reportagem do Fato Online, a Secretaria de Fazenda do Distrito Federal informou que foram repassados à unidade gestora da PM, pelo Tesouro do DF, R$ 1.845,329 para “custear despesas com o Fundo de Saúde” até março deste ano. A previsão orçamentária para 2015, segundo a secretaria, é de R$ 10.306,708 milhões.

Apesar de ser questionada por nossa equipe sobre o motivo do não-pagamento dos hospitais credenciados e quanto seria esse valor repassado e a periodicidade (se é mensal), a corporação não respondeu.

Fonte: Fato Online

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