Na semana passada, o vice-chanceler alemão Sigmar Gabriel afirmou que a proposta da União Europeia de assentar 160.000 refugiados até o final do ano era “uma gota d’água num oceano”. Os números da maior onda de imigrantes na Europa desde a II Guerra Mundial mostram que Gabriel, infelizmente, está correto em sua avaliação.
Desde o início do ano até o final de agosto, 549.000 imigrantes chegaram à Itália, Grécia e Hungria, nações que ficam em regiões limítrofes da zona Schengen – área de livre circulação de pessoas que abrange 26 países. No mesmo período, 794.000 pessoas já pediram asilo como refugiados às nações europeias – o número do pedido de asilos é superior ao número de entradas pois incluem solicitações de pessoas que já estavam na Europa antes de 2015.
Até o final de 2015, os países europeus devem receber 1,3 milhão de pedidos de asilo – só a Alemanha deve receber sozinha mais de 800.000 solicitações. Se o número da Europa representa um desafio e tanto às nações, para Turquia, Líbano e Jordânia, países mais próximos das áreas em guerra na Síria, Iraque e Afeganistão, o problema é ainda maior. Os três países devem receber 4,6 milhões de pedidos de asilo até o final do ano. Abaixo, um gráfico ilustra os números em escala de tamanho e a conclusão é óbvia: o problema é enorme.
Fonte: veja.abril.com.br