Secretaria de Saúde responde sobre problemas no necrotério do HRAN

xpbzvbqpA Secretaria de Saúde do DF respondeu o presidente da Comissão de Fiscalização e Controle, deputado Delmasso (PTN), sobre os problemas no necrotério do Hospital Regional da Asa Norte (HRAN). Além da superlotação, os pacientes internados nos quartos e servidores reclamam que a temperatura para manter os corpos dos pacientes que morrem na unidade está inadequada, gerando mau cheiro no local.

A Chefe do Núcleo de Anatomia Patológica do HRAN, Maria Martinez, respondeu o ofício do deputado informando que a Câmara Mortuária do HRAN apresenta lotação máxima de 8 lugares e que a faixa de temperatura aceitável para funcionamento oscila entre 0 e 6 graus Celsius. “Ela está apresentando funcionamento correto da temperatura, que é constantemente aferida, e tem apresentado média de 5.2 graus Celsius”, relatou.

Ainda segundo Martinez, a atual superlotação da Câmara Mortuária do Hospital acontece porque vários corpos não são reclamados por familiares e não são identificados. Os corpos são de moradores de rua, de pessoas em situação de abandono ou ainda, de pessoas solitárias e sem domicílio, que vieram a falecer pouco tempo depois de darem entrada no Hospital.

A Superintendência do HRAN informou que desde o dia 15 de setembro foram obtidas autorizações judiciais para o sepultamento de quatro dos corpos identificados mais antigos e em pior estado de conservação. De acordo com Martinez, os corpos permanecem formolizados, em sala refrigerada por ar condicionado. “O sepultamento deve ser feito no menor prazo possível, mas também dependemos do Serviço Social para que isso seja possível”, finalizou.

Delmasso cobra providências da Secretaria de Saúde para que os problemas relatados sejam solucionados com rapidez. “As reclamações dos pacientes e funcionários são diversas e permanecem as mesmas: falta de medicamentos, equipamentos continuam quebrados e cirurgias estão sendo canceladas. A cada dia, a situação é pior e agora até mesmo no necrotério estamos vendo dificuldades”, afirmou o parlamentar.

Os servidores da Unidade gravaram um vídeo que mostra vários problemas: instalações precárias, armários enferrujados, corpo enfaixado fora da câmara fria sobre uma maca e materiais como facas e martelos sujos e gastos. As imagens chocam pelas más condições de armazenamento.

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