Em seu primeiro discurso após ter sido eleito presidente do PSDB de São Paulo, nesse domingo, 14, o deputado estadual Pedro Tobias defendeu a candidatura do governador Geraldo Alckmin à Presidência da República. Tobias foi escolhido por aclamação. Evandro Losacco, único adversário na convenção, desistiu da disputa em troca de uma das vice-presidências do partido.
“O País precisa de um médico”, disse Tobias, referindo-se à formação de Alckmin. “O País está doente, corrompido. Precisamos de Alckmin na Presidência.”
Antes de Tobias, a candidatura presidencial do governador também foi defendida pelo presidente da Assembleia Legislativa, o tucano Fernando Capez. Após o evento, realizado na Assembleia, Alckmin desconversou sobre a possibilidade de ser candidato: “O momento é de trabalhar, de suar a camisa.”
Um dos mais aplaudidos do evento de ontem foi o senador José Serra, sempre lembrado na lista de presidenciáveis. Ele acusou o PT de ter “vocação para transformar corrupção em método de governo”. Disse ainda que a política econômica da presidente Dilma Rousseff se inspira “no neoliberalismo mais fajuto e pé de chinelo da história”.
Costura
O resultado da eleição interna se deu a partir de uma articulação do próprio Alckmin. Depois de uma disputa fratricida rachar o diretório municipal do PSDB paulistano, o governador agiu para evitar polêmicas na escolha do diretório estadual e montou uma direção executiva mais próxima do Palácio dos Bandeirantes.
Tobias comandará a montagem dos palanques municipais para 2016. O desempenho dos tucanos no Estado será um indicador da influência de Alckmin no eleitorado e deve posicioná-lo como presidenciável em eventual disputa com o senador Aécio Neves (PSDB-MG).