PM reagiu com bomba de gás e tiros de borracha; Choque foi acionado. Operação começou na terça, quando 24 das 205 casas foram demolidas.
Policiais militares e moradores do Setor Sol Nascente, considerado uma das maiores favelas do Distrito Federal, entraram em conflito no início da tarde desta sexta-feira (27) durante operação de reintegração de posse. A corporação usou bombas de gás e balas de borracha para conter a ação de invasores, que subiram nos telhados e atiraram rojões e pedras contra os policiais. O Batalhão de Choque foi acionado.
Um grupo cercou um micro-ônibus, mandou passageiros e motoristas descerem e jogou pedras contra o veículo. Os invadores tentaram ainda isolar a quadra onde ocorria a derrubada.
A operação começou na terça-feira, quando 24 construções foram derrubadas. A expectativa era demolir 205 casas até o final da semana. Fiscais da Agefis estiveram no local para retomar o serviço e foram surpreendidos com a barricada.
As construções ficam no Trecho 2 do Sol Nascente. O espaço onde foram construídas deve ser usado para obras de infraestrutura.
De acordo com o GDF, na terça também houve resistência por parte dos moradores. A Agefis disse que a maior parte das invasões começou em julho de 2014 e, até a semana passada, novas construções ainda estavam sendo erguidas.
A Secretaria do Trabalho, Desenvolvimento Social, Mulheres, Igualdade Social e Direitos Humanos analisará o caso dos interessados em receber benefícios, como o auxílio-aluguel, e dos que se encaixam em programas sociais, como o Bolsa Família, do governo federal.
Pró-Moradia II
Após a desocupação, o canteiro de obras do Pró-Moradia II será instalado no local para que sejam erguidas novas casas. A área de 245 mil metros quadrados faz parte da Quadra 105 do Sol Nascente. O terreno pertence à Terracap. Com recursos do Programa de Aceleração do Crescimento (PAC), do governo federal, a área deve receber 2.148 casas.
O montante de recursos previsto para o programa no Sol Nascente é de R$ 220 milhões. A expectativa é que 15.738 famílias da região sejam contempladas com serviços públicos de infraestrutura em decorrência da intervenção urbana.
Fonte: G1