Barroso encerra presidência do STF com homenagens e desafios a Fachin

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Da redação do Conectado ao Poder

Na última sessão, ministros discutem temas relevantes enquanto Barroso reflete sobre sua gestão; Fachin assume na próxima semana.

O ministro Luís Roberto Barroso encerrou sua presidência no Supremo Tribunal Federal (STF) durante a sessão plenária realizada nesta quinta-feira, 25 de setembro de 2025. Após dois anos à frente da Corte, Barroso fez um balanço de sua gestão e foi homenageado pelos colegas. Edson Fachin assumirá o cargo na próxima segunda-feira, 29 de setembro, com Alexandre de Moraes como vice-presidente.

A última sessão foi marcada por formalidades e homenagens. Tradicionalmente, o decano do tribunal, que atualmente é o ministro Gilmar Mendes, fez a fala final em reconhecimento ao trabalho de Barroso. Além das homenagens, os ministros também discutiram processos em andamento, incluindo a quebra de sigilo do histórico de buscas na internet em investigações criminais, um tema que tem gerado debate recente.

No dia anterior, Barroso promoveu um jantar em sua casa em Brasília, onde recebeu todos os ministros do STF, além do procurador-geral da República, Paulo Gonet, e do advogado-geral da União, Jorge Messias.

Barroso, natural de Vassouras, no Rio de Janeiro, completou 67 anos e é um dos mais antigos membros do STF, tendo entrado na Corte em 2013, indicado pela então presidente Dilma Rousseff. Durante sua gestão, procurou aproximar o tribunal da sociedade, implementando medidas como o Pacto Nacional pela Linguagem Simples e promovendo a diversidade e acessibilidade.

Seu mandato também foi marcado por decisões de grande impacto, que incluem a responsabilidade das redes sociais sobre conteúdos publicados e o reconhecimento de violações de direitos humanos no sistema prisional. Entre os casos mais significativos está a condenação do ex-presidente Jair Bolsonaro e outros envolvidos pelos eventos de 8 de janeiro de 2023.

A expectativa é de que o novo presidente, Edson Fachin, mantenha o foco nas pautas sociais e institucionais. Em suas primeiras sessões, Fachin já se deparará com temas relevantes como a “uberização”, disputas ambientais e direitos de pessoas presas durante abordagens policiais. Fachin é conhecido por seu perfil próximo às causas de direitos humanos, o que dá início a uma nova fase no comando do STF.

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