Da redação do Conectado ao Poder
Lula se mantém fiel aos acordos com aliados enquanto enfrenta pressões internas para mudanças ministeriais.

A permanência de ministros no governo de lula tem gerado intensos debates entre as lideranças políticas e seus partidos. Apesar da pressão para que deixem os cargos, o ministro do Esporte, André Fufuca, e o ministro do Turismo, Celso Sabino, mantêm suas posições, o que reflete a estratégia de lula em garantir estabilidade ao seu governo.
Arthur Lira, do PP, e Davi Alcolumbre, do União Brasil, são considerados articuladores cruciais nesse contexto. As decisões de lula em relação aos ministros vão além de jogo político; são uma tentativa de manter o apoio do Centrão, essencial para a governabilidade. Fufuca, que chegou ao cargo por meio de indicações do PP, atua como um elo entre o governo e a bancada do partido, especialmente no Nordeste. Além disso, sua atuação em pautas econômicas e fiscais tem sido frequente, fazendo com que sua saída seja vista como um risco para a harmonia no Legislativo.
No dia 8 de outubro, a direção regional do PP decidiu afastar Fufuca de sua liderança no Maranhão e estipulou um prazo para sua saída do ministério. Contudo, lula permanece firme em seu apoio, o que demonstra uma clara sinalização de que os compromissos pessoais ainda pesam mais do que a pressão partidária.
Da mesma maneira, Celso Sabino enfrenta desafios, visto que também passou por situações similares dentro do União Brasil. Embora não tenha sido uma indicação direta de lula, sua nomeação aconteceu com o suporte estratégico de Alcolumbre, que buscou fortalecer as relações do governo com a região Norte. Sabino responde atualmente a um processo de expulsão no partido, mas ainda conta com o suporte da maioria de sua bancada na Câmara, que reconhece a importância de manter o diálogo com o Planalto.
As movimentações em torno dos ministros ilustram bem a tensão entre o pragmatismo político e a fidelidade partidária, um dilema enfrentado regularmente em Brasília. A situação atual mostra que, ainda que haja pressão interna, a capacidade de lula em manejar alianças e construir acordos continuará a desempenhar um papel vital em seu governo.










