Da redação do Conectado ao Poder
O governo planeja anunciar a indicação ao STF nas próximas semanas para um processo ágil de sabatina na CCJ.
O governo de Luiz Inácio Lula da Silva acelera a escolha do novo ministro para o STF e planeja uma sabatina conjunta no Senado. A expectativa é que a indicação ocorra nas próximas semanas, com a intenção de que o novo nome seja avaliado na Comissão de Constituição e Justiça (CCJ) no dia 12 de novembro, data já marcada para a sabatina do procurador-geral da República, Paulo Gonet.
A estratégia busca otimizar as votações e evitar desgastes políticos, reunindo a avaliação de dois importantes cargos em uma única data. A proposta tem respaldo da base governista e agrada senadores que preferem concentrar os eventos para facilitar a tramitação.
A oficialização da aposentadoria antecipada do ministro Luís Roberto Barroso, anunciada na última quinta-feira, abriu a oportunidade para Lula indicar o décimo primeiro nome ao Supremo. Com isso, o presidente demonstra pressa para que o indicado tenha tempo de realizar a tradicional cruzada nos gabinetes do Senado em busca de apoio.
A escolha do novo ministro é uma questão desafiadora, pois Lula deseja evitar que a indicação interfira na agenda eleitoral de 2026. Entre os nomes cotados para assumir a vaga, estão o advogado-geral da União, Jorge Messias; o senador Rodrigo Pacheco; o ministro do TCU, Bruno Dantas; e a presidente do Superior Tribunal Militar, Maria Elizabeth Rocha, que pode ser um nome preferido caso Lula opte por uma mulher.
Além da pressa em concluir a nomeação antes do recesso parlamentar no final do ano, o governo também almeja evitar que discussões sobre a escolha conturbem seu foco político nos próximos meses.
