Da redação do Conectado ao Poder
O governador Ibaneis Rocha elogiou a disciplina e os resultados das escolas cívico-militares, com índices de aprovação acima de 80%.

O governador Ibaneis Rocha anunciou a expansão das escolas cívico-militares no Distrito Federal, que passarão de 25 para 50 unidades na rede pública. A decisão, revelada em uma visita ao Centro Educacional 1 da Estrutural, acontece após a avaliação positiva do modelo por parte de pais, alunos, professores e servidores. Este formato de ensino tem se mostrado eficaz na melhoria da disciplina, desempenho acadêmico e segurança nas instituições.
“É um orgulho muito grande ver essa parceria entre Educação e Segurança dando certo. Alunos que viviam em regiões de vulnerabilidade hoje estão passando em universidades federais e se destacando”, afirmou Ibaneis, elogiando os resultados obtidos. Com a ampliação, o governo busca atender à crescente demanda por esse modelo de ensino.
A pesquisa de satisfação revelou que as escolas cívico-militares receberam uma aprovação superior a 80% da comunidade escolar. Entre as 11 unidades analisadas, o índice variou de 81,38% a 98,3%. O Centro de Ensino Fundamental 17 de Taguatinga obteve a maior aprovação. Essas informações foram coletadas durante consultas públicas, conforme previsto na Lei de Gestão Democrática da Educação do DF.
No Centro Educacional 1 da Estrutural, onde antes havia altos índices de criminalidade, a implementação do modelo de gestão compartilhada transformou a realidade escolar. “Nossa escola está em uma área de alta vulnerabilidade social, e esse modelo de gestão compartilhada com a Polícia Militar fez toda a diferença. A unidade está 100% pacificada, e os estudantes agora têm acesso a oportunidades que antes eram impossíveis, como a entrada na universidade”, destacou a diretora Vanessa Nogueira.
Estabelecido em 2019 com quatro escolas-piloto, o modelo de gestão compartilhada tem se mostrado eficaz em áreas identificadas pela Secretaria de Segurança Pública como vulneráveis. Para a secretária de Educação, Hélvia Paranaguá, a comunidade abraçou a proposta. “Antes da implantação, a escola foi escolhida justamente por sua história de evasão e baixos índices de aprendizagem”, comentou.
Os alunos também perceberam mudanças palpáveis. Maria Eduarda Dias, de 13 anos, que estuda no CED 1, afirmou: “Aprendi muitas coisas, principalmente a ter responsabilidade e respeito pelos policiais, professores e colegas. A escola ficou mais segura”. Sua colega, Byanca Barros, de 17 anos, ressaltou a melhoria na organização da escola e na convivência entre alunos e professores.
Os dados da Secretaria de Segurança Pública mostram uma queda significativa nos índices de criminalidade na Estrutural desde 2018, após a implementação das escolas cívico-militares. O número de homicídios caiu de 20 para 11 e os roubos de transeunte diminuíram de 554 para 195.
O modelo de gestão é administrado em conjunto pelas secretarias de Educação e Segurança Pública, utilizando militares da reserva remunerada, permitindo a experiência desses profissionais sem impactar o efetivo ativo. Atualmente, existem 25 escolas em funcionamento, divididas entre o Corpo de Bombeiros e a Polícia Militar, e com a ampliação, o número de instituições chega a 50.
Os estudantes que passaram por essas escolas compartilham o impacto positivo em suas vidas. O universitário Abraão Ludson, que cursa Engenharia Mecânica na Universidade de Brasília, creditou seu sucesso ao foco adquirido no ensino médio. “O modelo mudou meu destino para melhor”, comentou. A estudante Anna Clara Martins, que está no primeiro semestre de Medicina Veterinária na mesma universidade, destacou como a disciplina da escola a ajudou a desenvolver uma rotina e a alcançar suas metas.










