Da redação do Conectado ao Poder
O encontro destacou também os desafios da violência de gênero e a necessidade de mais mulheres em posições de decisão.

Na quarta edição do Brasília Summit, realizada em Brasília, a vice-governadora do Distrito Federal, Celina Leão, anunciou que as mulheres ocupam atualmente 42% dos cargos de liderança na administração pública do DF. O evento, focado no tema “Mulheres líderes”, contou com a participação de diversas mulheres influentes do setor público e privado, que debateram sobre a importância da presença feminina em decisões políticas e administrativas.
Celina Leão destacou que, embora a presença feminina na política esteja crescendo, ainda há uma sub-representação quando se observa a totalidade da população. “As mulheres compõem 54% da população e, na iniciativa privada, ocupam apenas 39% dos cargos de gestão. No DF, já superamos 42%”, afirmou a vice-governadora.
A violência de gênero também foi um tema abordado com gravidade. Celina Leão ressaltou a necessidade de combater a violência contra as mulheres, mencionando que, no ano passado, ocorreram 20 mil casos de violência especificamente contra elas. “Uma sociedade que se pauta pela igualdade e pelo respeito não pode ter índices de violência como esses”, declarou.
A deputada federal Greyce Elias reforçou a mensagem da vice-governadora e destacou que a presença masculina em debates sobre a liderança feminina é fundamental para a mudança cultural necessária para enfrentar o machismo. “Gosto de ver homens em debates femininos, só assim vamos mudar uma cultura de violência contra a mulher”, afirmou.
Ela também compartilhou dados do Banco Mundial que indicam que empresas com maior diversidade de gênero tendem a apresentar lucros de 20% a 25% maiores que a média. Greyce enfatizou que as gestões lideradas por mulheres tendem a ser mais transparentes e focadas em resultados sociais, o que torna a capacitação e o incentivo às mulheres uma questão estratégica.
O evento promoveu um espaço essencial para discutir não apenas a liderança feminina, mas também o enfrentamento da violência de gênero, fortalecendo a voz das mulheres em vários setores da sociedade brasileira.










