Apesar de conter fome, área de Gaza segue sob risco

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A Faixa de Gaza não está mais inserida num contexto de situação de fome, segundo a Classificação Integrada da Fase de Segurança Alimentar, IPC. 

O anúncio foi feito pelo secretário-geral da ONU, António Guterres, com base no sistema de classificação que é apoiado pelas Nações Unidas. 

António Guterres disse que 1,6 milhão de pessoas ainda vivem com altos níveis de falta de alimentos

António Guterres disse que 1,6 milhão de pessoas ainda vivem com altos níveis de falta de alimentos

Em Nova Iorque, Guterres, afirmou que a fome foi contida e que há muito mais pessoas com acesso aos alimentos de que precisam para sobreviver. Ele anunciou a preparação diária de mais de 1,5 milhão de pratos de comida distribuídos em pacotes de auxílio alimentar em toda a Faixa de Gaza. Além disso, ele informou que a água potável está chegando a mais comunidades e algumas unidades de saúde foram reabertas.

Auxílio alimentar 

A atualização acontece após ter sido confirmada a Fase 5 de insegurança alimentar, a mais severa, em outubro-novembro. A mais recente análise revela, no entanto, que 1,6 milhão de pessoas ainda enfrenta altos níveis de insegurança alimentar aguda. 

Pela análise global apoiada pelas Nações Unidas, a situação continua crítica. O IPC alerta que os avanços alcançados na segurança alimentar e nutrição são “extremamente frágeis”.

Guterres disse que é uma proporção correspondente a mais de 75% da população que apresenta níveis extremos de insegurança alimentar aguda e riscos críticos de desnutrição. Ele apontou que tal sofrimento humano vem ilustrado em famílias que “suportam o insuportável” e em crianças forçadas a dormir em tendas inundadas.

Situação dos menores de idade 

Especialistas da Agência da ONU de Assistência aos Palestinos, Unrwa, acompanham a situação dos menores de idade que mostraram “sinais de progresso limitado, mas ainda longe de ser suficiente.”

Para António Guterres, essas insuficiências crescem mais rapidamente do que a ajuda que pode chegar. 

O chefe da ONU pediu um cessar-fogo “verdadeiramente duradouro”, mais pontos de passagem, o fim de restrições a bens essenciais, a eliminação da burocracia, mais rotas seguras em Gaza, fundos sustentados e acesso irrestrito, incluindo para as ONGs. 

O secretário-geral alerta ainda à comunidade internacional “a não perder de vista a situação que se deteriora rapidamente na Cisjordânia.”

Crianças a viver na pobreza 

Em relação a Gaza, as condições gerais de vida seguem catastróficas, agravadas pelo inverno. Dois anos de guerra, restrições à ajuda humanitária e desnutrição prolongada levaram dois terços das crianças a viver na pobreza alimentar severa.

Faixa de Gaza não está mais inserida num contexto de situação de fome

Faixa de Gaza não está mais inserida num contexto de situação de fome

A Unrwa considera fundamental garantir um acesso humanitário e comercial sustentado, ampliado e consistente.

Atuando com parceiros, o Escritório da ONU para Assistência Humanitária, Ocha, relata que tem feito esforços orientados no fornecimento de assistência para o inverno às famílias mais vulneráveis ​​em toda a Faixa de Gaza.

Abrigos danificados

Estimativas apontam haver até 55 mil famílias afetadas pelas chuvas recentes em Gaza, até o momento, com seus pertences e abrigos danificados ou destruídos pela tempestade.

O mau tempo também danificou dezenas de espaços infantis, interrompendo ou suspendendo atividades relacionadas à proteção da criança. A interrupção afetou aproximadamente 30 mil crianças em Gaza. 

Os especialistas recomendam que sejam feitos reparos urgentes para garantir que essas atividades possam ser retomadas sem demora. Outra questão preocupante é a da violência de gênero. 



Fonte: ONU

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