Os deputados peemedebistas terão de escolher entre o atual líder, Leonardo Picciani (RJ), e o deputado Hugo Motta (PB).
Com o retorno das atividades no Congresso Nacional, os partidos começaram a definir os novos líderes das bancadas na Câmara para 2016. O maior impasse entre as siglas está na bancada do PMDB, a mais numerosa da Câmara. A legenda, que tem 67 deputados, realizará uma eleição para determinar o novo líder nesta quarta-feira (17/2).
Os deputados peemedebistas terão de escolher entre o atual líder, Leonardo Picciani (RJ), de perfil mais próximo ao governo, e o deputado Hugo Motta (PB), aliado do presidente da Câmara, Eduardo Cunha (PMDB-RJ), e que pode atrair votos da ala dissidente do partido, que, como Cunha, defende o rompimento com o Palácio do Planalto. Confira os perfis dos candidatos.
Leonardo Picciani
Eleito no início de 2015 com apoio de Eduardo Cunha, o atual líder do PMDB, Leonardo Picciani (RJ), se distanciou do presidente da Câmara ao longo do último ano. O marco foi durante as negociações da reforma ministerial, quando deu um grande passo na aproximação com o Palácio do Planalto e garantiu duas indicações na Esplanada. O estreitamento da relação com o governo desagradou parte da bancada. O auge do descontentamento foi quando Picciani indicou apenas nomes governistas para a comissão especial do impeachment da presidente Dilma Rousseff. Filho de Jorge Picciani, presidente da Assembleia Legislativa do Rio de Janeiro, o carioca de 36 anos conta com o apoio de outros peemedebistas do estado para continuar no posto.
Hugo Motta
Lançado à disputada da liderança do PMDB com apoio de Eduardo Cunha a fim de enfraquecer a candidatura de Picciani, o deputado Hugo Motta(PB) se tornou o nome dos oposicionistas. Apesar disso, o parlamentar também mantém diálogo com o Palácio do Planalto e teve conversas com o ministro Edinha Silva, da Secretaria de Comunicação da Presidência, e Ricardo Berzoini, da Secretaria de Governo. Com 26 anos, ganhou visibilidade ao comandar a CPI da Petrobras em 2015. Durante a presidência no colegiado, foi o responsável pela contratação da Kroll, empresa que auxiliaria nas investigações, mas cujo contrato acabou não renovado. Motta foi o deputado mais jovem do país ao se eleger, aos 21 anos, em 2010.
Fonte: Correio Braziliense