O papel dos influenciadores no combate à Covid-19

Digital Influencers ganham destaque nas estratégias de prevenção à Covid

Foto: Arquivo Pessoal

Na era das fake news, dos haters e dos cancelamentos, qual o papel dos influenciadores digitais na divulgação das medidas de prevenção à pandemia de Covid-19 e no combate a boataria que se prolifera pela internet? Com milhares, muitas vezes, milhões de seguidores, as celebridades do mundo virtual tornaram-se verdadeiros oráculos entre os fãs e, com a reputação em alta, são peça fundamental nas campanhas de enfrentamento a grave crise sanitária mundo a fora.

Países como os Estados Unidos, Holanda e Finlândia adotaram os digital influencers como parte dos seus planos de mídia, como multiplicadores das medidas de proteção. No Brasil, a estratégia também foi adotada pelos governos Federal, Estadual e Municipal, na tentativa de falar mais próximo aos cidadãos.

Estudos realizados por renomados institutos internacionais validam a participação dos influenciadores digitais no combate à pandemia de Covid-19. De acordo com o SocialChorus, importante plataforma de pesquisa norte-americana, no início da crise sanitária, as campanhas de marketing de influência captaram, em média, um engajamento 16 vezes maior do que a publicidade paga em meios de comunicação tradicionais.

O bom desempenho também foi medido na pesquisa “Marketing de Influência em Tempos de Pandemia de Covid-19”, realizada pela Youpix consultoria de negócios para a Influence Economy. O estudo contou com a participação de 554 criadores de conteúdo e 164 marcas de diversos segmentos. A pesquisa constatou que 77,5% das marcas acreditam que influenciadores e criadores podem ser bons aliados e bons interlocutores em tempos de coronavírus.

O cientista político e especialista em marketing de influência, Danilo Strano, explica que o trabalho dos influencers no combate à pandemia é utilizado em todo o mundo e apresenta resultados satisfatórios. “Nos Estados Unidos, em março de 2020, influenciadores inundaram os feeds com conteúdo incentivando a população a tomar medidas preventivas, como a higienização das mãos, o distanciamento social e a utilização de máscaras. Isso não foi uma coincidência: líderes em saúde pública do governo norte-americano recrutaram influenciadores com muitos seguidores, a fim de utilizarem suas plataformas em serviço do bem”, afirma.

De acordo com o especialista, no Brasil a estratégia também foi adota. “As personalidades foram utilizadas em quatro fases: no início da pandemia para conscientizar sobre os riscos da nova doença; em um segundo momento para enfatizar a importância das medidas preventivas; posteriormente, com foco nos profissionais de saúde e idosos; e, por fim, para comunicar sobre a necessidade de procurar atendimento médico logo que os primeiros sintomas surgirem”, explica.

Os bons resultados foram percebidos pela empresária Melissa Agostini, que soma quase 500 mil seguidores, só no Instagram. “Todas as vezes que postei conteúdo relacionado à Covid, vi meu engajamento crescer”, disse. Constantemente procurada para parcerias, a empresária teve a ideia de lançar algumas ações solidárias. “Na primeira campanha, conseguimos quatro toneladas de alimentos e doar quatro mil máscaras. Na segunda, ofereci minhas redes para anunciar produtos de marcas locais, em troca de cestas básicas. As ações foram um sucesso e ganhei ainda mais seguidores. Tenho certeza que o papel dos influenciadores é fundamental para o bom resultado das campanhas de prevenção e combate à doença, tal como de outras pautas de utilidade pública”, conclui.

Os estudos consolidam a utilização dos criadores de conteúdo como ferramentas fundamentais em qualquer plano de mídia que pretenda alcançar de forma mais eficaz o público online.

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