Uma morte não o foi suficiente para que o Governo do Distrito Federal tomasse providências contra as inundações no viaduto da QNN 5/7, em Ceilândia Norte. Após a segunda morte em pouco mais de três meses, a presidente da Comissão de Assuntos Sociais (CAS), deputada Celina Leão (PDT), indignada com o descaso, representa perante a Procuradoria Geral da República (PGR) notícia crime por omissão, contra o governador Agnelo Queiroz, em razão de inundação frequente com resultado morte, em obra com possível defeito estrutural . Segundo a deputada, na representação ela pede a condenação do governador por crime de inundação expondo a população ao risco de morte.
“O próprio governo já assumiu que as tragédias ocorreram por sua omissão em não fazer a rede de drenagem pluvial. Ao protelarem e agirem com desorganização e falta de previsão administrativa o governo assumiu o risco de possíveis mortes no local e isso não pode ficar impune”, observa Celina.
Para a parlamentar houve omissão por parte do governo, que mesmo alertado não tomou providencias para dar manutenção ou ampliar o sistema de drenagem de águas pluviais, providencias, dentre outras, que foram cobradas reiteradas vezes.
No dia 8 de outubro de 2013, a estudante Geovana Moraes Oliveira, de 6 anos, perdeu a vida afogada em um ônibus escolar, que ficou inundado no viaduto. Na ocasião deputada Celina Leão fez uma vistoria com técnicos da CAS no local da tragédia e cobrou providências do governo, que nada fez. Passados três meses, mais uma vítima, Manoel Silva Júnior, 20 anos morreu na terça-feira (21), afogado dentro do veículo coberto pela água após forte chuva. “Agora diante da tragédia anunciada o governo interdita o viaduto e tenta justificar sua incompetência na ficha policial da vítima, quando o local é trajeto de milhares de moradores e qualquer um de nós poderia ter sido vítima da omissão do Estado”, lamenta Celina.
Fonte: Assessoria de Imprensa