A deputada Celina Leão (PDT) usou o primeiro comunicado de parlamentares da primeira sessão ordinária do ano para cobrar o envolvimento da Câmara Legislativa na solução da crise da segurança pública que se abateu sobre o Distrito Federal em decorrência da falta de diálogo do governo com os policiais e bombeiros militares.
A deputada lembrou que foi relatora de projetos do Executivo que reajustou salários e trouxe benefícios para cerca de 30 carreiras do serviço público. “Foram reajustes merecidos,mas como fica uma tropa que acompanhou tudo isso sem sequer ser ouvida pelo governo?” questionou. “Que a população não continue a pagar por esta falta de interlocução”, completou.
A parlamentar destacou que os policiais militares estão desmotivados e agora estão sendo criminalizados. Para Celina esta foi uma crise anunciada pela falta de gestão e posicionamento do governo. “Há três anos esta categoria vem fazendo manifestações e não recebe do GDF nenhuma posição, o governo fechou os olhos, ignorou o movimento e agora quer colocar a culpa na policia e jogar a população contra a tropa. Reagir com punições sem negociar é o mesmo que dar um tiro no pé”, lamentou.
COMISSÃO GERAL – A deputada propôs uma comissão geral para esta quinta-feira (6) às 15h no plenário da Câmara Legislativa e convidou todos os parlamentares para assinarem o requerimento com ela. “Esta Casa tem que se posicionar, temos que chamar o secretário, o governador e se for preciso vamos bater na porta do Governo Federal para buscar ajuda”, observou.
A Comissão Geral é uma prerrogativa parlamentar para debater grandes temas de interesse social com a sociedade civil organizada, o governo e a população com o objetivo de dar uma solução rápida e eficaz para os conflitos sociais.
IMPEACHMENT – “Quando esta casa se omite as coisas se agravam, protocolei em abril do ano passado um pedido de impeachment contra o governador por fraude eleitoral, na ocasião um colega disse que a peça iria para o lixo sem ser lida e tratava justamente das 13 promessas feitas pelo governador aos policiais e bombeiros militares e que desencadearam a operação tartaruga e a crise na segurança. Hoje posso falar que se ele ao invés de ter sido omisso tivesse respeitado meu trabalho e lido o documento talvez as coisas não tivessem chegado aonde chegaram”, ressaltou.
Fonte: Assessoria de imprensa