Os procedimentos para atender a um total de 3.233 pacientes foram contratados por R$ 19,7 milhões pela Secretaria de Saúde em instituições privadas do Distrito Federal
Os hospitais da rede privada do DF contratados pelo Governo do Distrito Federal (GDF) já realizaram nos primeiros 16 dias de mutirão quase 150 cirurgias eletivas. Os procedimentos foram indicados pela Secretaria de Saúde do DF (SES-DF) para o atendimento inicial de 3.233 pacientes, um investimento total de R$ 19,7 milhões.
Desde 22 de setembro, início da ação, foram executadas 143 hernioplastias (hérnia), colecistectomias (retirada da vesícula biliar) e histerectomias (remoção do útero). As intervenções ocorreram nos hospitais São Mateus (37), Daher (56), São Francisco (23), HC (21) e Home (6). Os dados foram registrados até este sábado (8), quando as cirurgias no Hospital Home também foram iniciadas. No próximo fim de semana, o Hospital Anchieta e, em breve, o Hospital Águas Claras começam a realização de novas operações.
De acordo com a secretária de Saúde, Lucilene Florêncio, o objetivo é melhorar a qualidade de vida de quem não está em estado grave, mas aguarda por cirurgias para poder viver melhor. “Vai mudar a vida e mudar a realidade das pessoas”, afirma a gestora. “Há casos, de pais de família que trabalhavam com esforço físico e estão parados por causa de hérnias, além de mulheres que precisam receber transfusões de sangue por conta de hemorragias no útero”, pontua.
O edital do mutirão de cirurgias eletivas prevê a realização de 1.600 operações de colecistectomia, 960 de herniorrafia e hernioplastia e 673 histerectomias – totalizando 3.233 procedimentos. Cada processo inclui a realização de intervenção cirúrgica, internação de até 48 horas e consultas pré e pós-operatório.
“Há casos, de pais de família que trabalhavam com esforço físico e estão parados por causa de hérnias, além de mulheres que precisam receber transfusões de sangue por conta de hemorragias no útero”Lucilene Florêncio, secretária de Saúde
Os sete hospitais da rede particular selecionados terão 120 dias para a execução das intervenções e receberão conforme o número realizado e a tabela do Sistema Único de Saúde (SUS). As normas foram previstas em edital publicado em edição extra do Diário Oficial do Distrito Federal (DODF) do dia 5 de setembro. Os contratos foram assinados com o envolvimento e apoio do controle social e do Ministério Público do Distrito Federal e Territórios (MPDFT).
O secretário-adjunto de Assistência à Saúde, Luciano Moresco, explica que todos os pacientes a serem beneficiados são acompanhados pela rede pública e foram encaminhados de acordo com a prioridade pelo Complexo Regulador do Distrito Federal. “É um perfil de paciente que será altamente impactado de forma positiva, sendo pacientes que recorrentemente vão a prontos-socorros necessitando de intervenção para analgesia e controle de sintomas”, afirma.
De acordo com Moresco, a amplificação do número de procedimentos afeta todos os níveis de atendimento em saúde. “Entendemos que um paciente cirúrgico regularmente recorre aos prontos-socorros para atendimento em clínica médica e, por vezes, são atendidos em cirurgias emergenciais devido ao agravamento do quadro, o que consome uma parcela importante de serviços da saúde, tensionando toda a rede. Com o mutirão, conseguiremos reduzir a lista de espera, desafogar o sistema de saúde e direcionar recursos a outras áreas que também precisam de atenção”, ressalta Moresco.
Em paralelo ao mutirão, a Secretaria de Saúde trabalha planos operacionais nos hospitais regionais da rede para a ampliação de cirurgias, priorizando procedimentos oncológicos, além daqueles já judicializados.
Fonte: Agência Brasília