Da redação do Conectado ao Poder
O programa Conectado ao Poder, da TV Cultura, recebeu o deputado distrital reeleito Jorge Vianna (PSD), que foi entrevistado pelo jornalista Sandro Gianelli, e falou sobre a atual situação da saúde brasileira. O Conectado ao Poder vai ao ar toda quarta-feira, às 23h, na TV Cultura, canal 5.1.
Gianelli e Jorge concordam que a comunicação em nível distrital é diferente da nacional, pois, como ressaltou o jornalista, “na Câmara Federal é preciso criar uma forma de aparecer, porque são 513 deputados e se você não fizer por onde, você some”. O deputado pontuou que “aqui nós precisamos um do outro, para que a gente faça articulação, que é diferente de lá.”
Jorge Vianna é representante da saúde e comenta sobre uma possível futura ida para a Câmara dos Deputados, com o intuito de desburocratizar cada vez mais o meio. “Eu questiono se o meu futuro será Câmara Federal ou não, porque você acaba se distanciando. Eu me conheço e sei que no Congresso Nacional, quando eu for, o meu foco será no Ministério da Saúde, chacoalhando o Ministério, porque lá tem uma corrupção sistemática, com política estranha, que não traz políticas públicas efetivas aos estados”, afirmou.
Os debates presidenciais foram lembrados. “Se a gente parar para analisar, nenhum candidato à presidência, nesses debates que tiveram, falou de forma convincente sobre a saúde, eles não estão nem aí. A impressão que eu tenho é que o Governo Federal dá o dinheiro e fala para o prefeito e para o governador se virarem e aí eles fazem o que querem, até de forma errada”, disse o distrital. Gianelli comentou que nada foi tratado de modo sério. “Nessa eleição, ninguém falou de forma convincente sobre nada”, observou.
“No Brasil, tudo é feito no jeitinho brasileiro, as pessoas querem tirar vantagem e eu percebo que no dia em que a saúde pública funcionar no Brasil, as grandes empresas voltadas para a saúde, não vão ter tanta demanda. Quando eu vou em um hospital privado, eu sinto que eu estou sendo atendido em um hospital público dos anos 90, porque, para mim, é esse padrão, cheio e demorado, algo bem burocrático. “Você acredita que no Brasil nós vamos ter, um dia, a saúde funcionando de verdade?”, perguntou Sandro Gianelli.
Jorge explicou o fenômeno que ocorre para a sensação existir. “A gente paga a saúde duas vezes, pelos impostos e pelo plano, o que já é um grande erro e hoje, o comércio da saúde é muito inteligente, então há muitos clientes de classe inferior, que conseguem ter plano de saúde e utilizam em hospitais que também atendem classe superior, por isso que o hospital privado fica lotado, é a popularização do comércio da saúde em alguns hospitais”, revelou.
