Embora o PSD já tenha fechado acordos para apoiar candidatos tucanos a governador tanto em Minas Gerais quanto em Goiás, em ambos os casos com aval expresso do presidente nacional Gilberto Kassab, no Distrito Federal pode haver coligação com qualquer candidatura, inclusive com a petista. Quem garante é o presidente regional, o ex-governador, Rogério Rosso. Em reunião ocorrida esta semana, decidiu-se que a definição local será tomada até 30 de maio.
Por enquanto, sem fechar portas
De acordo com Rosso, em um primeiro momento será decidido se o partido terá candidatura própria ou se integrará uma aliança. A tendência, óbvia, é pela coligação. Ainda não está claro, nem mesmo com as raízes de Rosso no rorizismo, para que lado o PSD se inclinará. O ex-governador tem se encontrado com a distrital Liliane Roriz, de quem é amigo pessoal, mas já almoçou com o presidente regional do PT, Roberto Policarpo, e manteve contatos com o PSDB e o PDT. Por meio de emissário, embora não se trate de pessoa qualificada, também tem porta aberta com o PSB. De público, Rosso diz que não há incompatibilidade com qualquer das candidaturas já desenhadas.
Programa a se considerar
Em todos os casos, Rogério Rosso transmite um aviso prévio. Diz que as diretrizes já lançadas por seu partido não constituem um movimento vazio. Em eventual coligação, exigirá compromisso com elas, ainda que incluam temas polêmicos, como a ampliação do território do Distrito Federal para inclusão de municípios da Região Metropolitana ou a autonomia financeira das Administrações Regionais. “Não adianta discutir eventuais alianças sem que se concorde com as propostas já estabelecidas”, diz o presidente regional do PSD.
O que deverá estar na mesa
Mas o PSD tem também necessidades mais concretas a serem atendidas na negociação para a sucessão brasiliense. O partido precisa restabelecer presença na Câmara Legislativa e tem absoluta necessidade — nesse nível se trata de cobrança nacional, mais até do que regional — de ampliar a bancada na Câmara dos Deputados. A participação nas chapas proporcionais, portanto, é crucial. De quebra, cobrará presença na chapa majoritária. De acordo com Rosso, em qualquer negociação essas reivindicações não serão restritivas, embora relevantes.
Trunfo nas mãos
O PSD não entra nesse jogo com as mãos abanando. Graças às adesões conquistadas pelo presidente nacional Gilberto Kassab e à competência de sua assessoria jurídica, o partido obteve surpreendente tempo de rádio e televisão. No Distrito Federal, chega às eleições deste ano com um minuto e 58 segundos de horário eleitoral. É praticamente o mesmo tempo do PSDB.
Fonte: Jornal de Brasília – Coluna do Alto da Torre – Eduardo Brito
Mais um partido de aluguel…
Ele vai se aliar, com quem “der mais”. Depois, esses canalhas políticos querem respeito. Esquecem que respeito se conquista.
Pena