Por Luciano Lima
Não é só o mundo que adoeceu. O Brasil também está muito doente. E a maior prova de que estamos na UTI foi assistir vídeos e textos, em redes sociais, de partidos, políticos, organizações e militantes de esquerda comemorando o ataque do grupo terrorista Hamas que matou mais de 260 pessoas, de várias nacionalidades, em uma rave, no Sul de Israel, próximo à Faixa de Gaza. Sem falar no avanço dos conflitos, tanto em território israelense quanto no território palestino, que já mataram milhares de pessoas.
E não é só isso. Esses “doentes” estão usando com um extremismo ideológico que beira a covardia, a guerra ISRAEL x TERRORISTAS DO HAMAS para proliferar ódio, dividir mais ainda o país e espalhar muita FAKE NEWS, narrativas e muita desinformação. Não é possível discutir um conflito tão grave sem conhecer a história.
O Hamas é um grupo terrorista formado em 1987 e foi inspirado em outro grupo extremista chamado Irmandade Muçulmana, sediado no Egito. Aliás, está aí o motivo do Egito até agora não ter aberto a fronteira para os palestinos. Os egípcios têm medo que integrantes do Hamas entrem no país e se alinhem à Irmandade Muçulmana.
Os terroristas do Hamas, desde a sua concepção, têm como único objetivo a destruição do Estado de Israel. O Hamas não aceita qualquer tentativa de acordo de paz para a região. Seus principais líderes nem em Gaza vivem. Têm rotina de festas, casas e carros luxuosos e patrimônios bilionários no Qatar e em outros países do mundo, tudo bancado pela corrupção e doações de muçulmanos, voluntárias ou à força, de várias partes do mundo, inclusive dos territórios palestinos.
O Hamas é grupo terrorista, que juntamente com o Fatah, um grupo nacionalista criado por Yasser Arafat, têm o controle político dos territórios palestinos. O Fatah controla mais de 3 milhões de palestinos na Cisjordânia e o HAMAS controla, com muita corrupção e violência, a Faixa de Gaza. Só para se ter ideia da ditadura implantada pelo Hamas é importante lembrar das eleições internas na região de Gaza.
Em 2005, o HAMAS ganhou as eleições com 44% dos votos contra 41% do Fatah. Não satisfeitos com o processo eleitoral, que eles mesmos ganharam, o Hamas usou o “modus operandi” que é comum em qualquer ditadura extremista: matou todas as principais lideranças e políticos do Fatah que estavam na Faixa de Gaza.
Hamas, e seus simpatizantes espalhados pelo mundo inteiro, espalham diversas mentiras. A mais comum é dizer que a Faixa de Gaza é a maior prisão de palestinos do planeta. Mentira! Mais de 20 mil palestinos atravessam as fronteiras todos os dias para trabalhar em Israel. A maioria dos palestinos têm medo do Hamas. É uma Fake News dizer que as causas dos palestinos e do Hamas são as mesmas.
A história é muito grande e a hipocrisia e as mentiras também. A Organização das Nações Unidas (ONU) também têm culpa pela não criação do Estado da Palestina. Nem países árabes, como Jordânia e Egito, que já controlaram a região, onde hoje se encontra a região da Faixa de Gaza, quiseram criar. Se o Estado de Israel não tivesse sido criado, os árabes talvez estariam se mantando nos dias de hoje para ter o controle da região, onde se encontra também a bacia do Rio Jordão, um dos poucos mananciais de água doce do Oriente Médio.
Não é possível e nem aceitável alimentar o antissemetismo novamente. Não podemos esquecer que o ódio e a intolerância mataram quase 7 milhões de judeus durante a Segunda Guerra Mundial. E posso afirmar que Israel é o menor dos problemas do povo palestino. Os grandes inimigos dos palestinos são o ódio, o extremismo e a intolerância de uma minoria mulçumana que encontrou abrigo em vários grupos terroristas.
Não podemos “humanizar” o terror. Não é possível tratar terroristas como grupo político. Os diálogos não podem ser regados a sangue. O Hamas é um grupo terrorista que neste momento impede o povo palestino de ter acesso aos corredores humanitários. O HAMAS, que já foi acusado em diversas oportunidades por violações dos direitos humanos, inclusive pela Human Rights Watch, continua massacrando os palestinos e os usando como escudo de proteção para continuar alimentando o ódio.
*Luciano Lima é historiador, jornalista e radialista