Entorno tem locais dedicados a esse tipo de atividade ecológica, que visa contemplação e preservação
O turismo de observação de pássaros, conhecido carinhosamente como “passarinhar”, tem crescido no Cerrado, acompanhando uma tendência nacional. Estudiosos e entusiastas de todo o mundo têm cada vez mais se dedicado a essa prática, que envolve tanto a contemplação quanto a preservação dos biomas. O Entorno do Distrito Federal possui locais propícios para o desenvolvimento desse tipo de turismo ecológico, atraindo investimentos significativos, como é o caso da Linda Serra dos Topázios, uma Reserva Particular do Patrimônio Natural (RPPN) em Cristalina.
Um dos administradores da reserva, João Miguel, destacou que um dos objetivos é sensibilizar os turistas para a importância da conservação ambiental. “Mesmo a pessoa que vai para tomar um banho de cachoeira, se na trilha encontra uma ave, isso enriquece a experiência e muda a perspectiva sobre o Cerrado”, afirmou em entrevista. Ele acrescentou que, apesar de ainda pouco conhecida, a prática é “robusta” no mundo e acessível a todos os públicos, desde aqueles com equipamentos sofisticados, como câmeras fotográficas e binóculos, até quem deseja apenas contemplar a beleza e o canto dos pássaros.
Embora livros, sites e aplicativos especializados possam ajudar na atividade, eles não são obrigatórios para a experiência. “Eu nunca tinha ido com esse olhar, mas fui para a cachoeira e fui informada que seria um espaço para observação de pássaros. Parei e esqueci do mundo. Essa presença com a natureza, esse contato traz uma leveza. E aí, eu que não tinha essa experiência, já queria o guia e estudar”, relatou a secretária do Entorno do Distrito Federal, Caroline Fleury.
A secretária tem defendido ações que incentivem o turismo como forma de fomentar a economia do Entorno. “É uma região riquíssima e com grande potencial para diversos tipos de turismo”, complementou.
Segundo João Miguel, o Cerrado é a savana mais biodiversa do mundo, onde uma caminhada de meia hora é suficiente para encontrar diferentes tipos de aves. Entre as mais comuns, estão a siriema, o beija-flor de canto, o papagaio-verdadeiro e o gavião carijó. Conforme João Miguel, já foram catalogadas mais de 130 espécies apenas na RPPN. Para ele, o turismo de observação de aves é ainda mais rico quando feito com um guia especializado, por isso, existe uma parceria com a Universidade Federal de Goiás (UFG) para a formação de mais profissionais.
“A biodiversidade, ou seja, a riqueza de vida do Cerrado é comparável à da Amazônia. E é claro que todo mundo se encanta com isso”, concluiu.
Fonte: Secretaria do Entorno do Distrito Federal | Governo de Goiás