Da redação do Conectado ao Poder
Entidades financeiras buscam limitar pagamentos para combater o endividamento de apostadores
Preocupadas com o aumento do endividamento entre apostadores de jogos eletrônicos, entidades financeiras propuseram novas restrições aos meios de pagamento. Em reunião com o ministro da Fazenda, Fernando Haddad, o presidente da Federação Brasileira de Bancos (Febraban), Isaac Sidney, sugeriu a suspensão do uso do Pix para transações relacionadas a apostas, além de medidas para limitar o uso de cartões de crédito.
A ideia é impedir que o crescimento descontrolado das apostas comprometa as finanças das famílias brasileiras. Sidney destacou que o encontro foi um passo importante para discutir como criar políticas públicas que possam mitigar os impactos desse setor. “Não se pode ignorar a explosão do volume de apostas e seu impacto no endividamento”, afirmou.
A suspensão de cartões de crédito para esse tipo de transação já estava prevista para 2025, mas foi antecipada pela Associação Brasileira das Empresas de Cartões de Crédito e Serviços (Abecs), que se une à Febraban nessa pauta. Segundo a Abecs, o objetivo é evitar que as famílias continuem utilizando o crédito para financiar apostas, algo que pode agravar o cenário de dívidas no país.
Além das restrições, a Febraban propôs a criação de uma força-tarefa, envolvendo diversos órgãos governamentais, para avaliar os impactos das apostas on-line e definir ações que protejam o consumidor e garantam a segurança financeira, incluindo a prevenção à lavagem de dinheiro.
