Nesta quarta-feira (16/10), a Agência Reguladora de Águas, Energia e Saneamento Básico do Distrito Federal (Adasa) participou do seminário sobre a construção democrática do Plano Diretor de Ordenamento Territorial (PDOT), organizado pelo Ministério Público do Distrito Federal e Territórios (MPDFT).
O PDOT é um instrumento de planejamento urbano essencial, previsto pela Constituição Federal e pelo Estatuto da Cidade, que define as diretrizes para o uso do solo e o desenvolvimento das cidades de forma sustentável. No contexto do DF, o PDOT tem uma importância singular por lidar com questões urbanas e rurais.
Diante desse cenário, o seminário reuniu diferentes setores para discutir o futuro do ordenamento territorial do DF, buscando soluções inclusivas e sustentáveis para o desenvolvimento urbano. Para isso, foram abordados temas como mobilidade urbana, saneamento, zoneamento ecológico-econômico, preservação do patrimônio cultural e a questão fundiária, com palestrantes renomados e experiências de outras capitais como Fortaleza, São Paulo e Belo Horizonte.
Na ocasião, a superintendente substituta de Água e Esgoto da Agência, Rossana Castro, apresentou o tema “O Saneamento no Plano Diretor do DF”, destacando a importância da intersecção entre o PDOT e o Plano Distrital de Saneamento Básico para garantir o desenvolvimento sustentável no DF.
“O PDOT precisa ser um instrumento que organize a cidade, protegendo mananciais, prevenindo enchentes e definindo áreas específicas para os quatro eixos do saneamento: abastecimento de água, esgotamento sanitário, manejo de resíduos sólidos e drenagem urbana”, explicou Rossana, destacando que cada uma dessas áreas exige infraestrutura adequada para assegurar a eficiência dos serviços. “Precisamos pensar em novos mananciais e reservatórios, estações de tratamento de esgoto, áreas de transbordo e destinação final de resíduos, além de bacias de retenção de águas pluviais para evitar enchentes”, acrescentou.
A superintendente também alertou sobre os riscos da expansão urbana desordenada, que pode comprometer tanto a gestão ambiental quanto a recarga dos aquíferos. “A impermeabilização do solo eleva o risco de inundações e poluição dos rios, além de reduzir a capacidade de infiltração de água”, enfatizou.
Ao final de sua apresentação, destacou a importância de um financiamento adequado para infraestrutura e campanhas de conscientização da população, bem como da integração das políticas de saneamento com outras áreas, como saúde, meio ambiente e planejamento urbano, visando um desenvolvimento mais sustentável e eficaz. “A tecnologia e a inovação devem ser nossas aliadas para otimizar a gestão dos sistemas e reduzir custos”, concluiu.
Fonte: Adasa-DF