“Recuperar a história, relembrar os velhos tempos, valorizar quem somos e, através dessas atitudes, nunca esquecer de onde viemos. Essas são as premissas básicas daqueles que precisam de argumentos para se orgulharem do lugar de onde vieram”.

Logo na largada, no primeiro parágrafo do seu livro, o autor André Brito demonstra com assertividade a motivação que o fez escrever a história dos tempos em que viveu, e conviveu com os amigos de rua, no Entorno da Capital Federal.
O relato autobiográfico desse professor de Inglês, nascido em Taguatinga, desenvolve-se no embalo da trilha sonora dos anos 80, ao som da música pop americana e em longas tardes assistindo a vídeos clipes na TV.
“Michael Jackson, Gap Band, Kool and The Gang, Sugarhill Gang, Grand Master Flash & The Furious Five, Chaka Khan e James Brown faziam a galera dançar e muito”.
André conta que era uma época em que todos os jovens da periferia curtiam o bom e velho Funk americano, altamente dançante, que convidava a todos a elaborarem passinhos marcados, de coreografia fácil ou intrincada numa clara influência do que havia sobrado dos anos da Disco Music.
“A partir daí todos os garotos com mais de 10 anos queriam ser da família Jackson. Todos queriam ter uma jaqueta vermelha, todos queriam usar calça preta com meias brancas e dançar o Moonwalk”.
O livro discorre sobre uma narrativa fluida e empolgante. Faz o registro de fatos e datas com acuidade impressionante; e é bem cuidadoso no processo de ambientação que emoldura todo o universo em que passou boa parte da sua tenra idade. Detalha com propriedade as vicissitudes de morar em comunidade de periferia, a Cidade Ocidental, cidade do estado de Goiás, situada às margens do Distrito Federal. Revela o sofrimento de um povo trabalhador, dramas de pais e mães cujo desafio era criar filhos adolescentes cercados pela violência e abandono do Estado, como a maioria das regiões suburbanas, carentes de acesso à educação de qualidade, à cultura, oportunidades e boas referências.
Mas André, e seus amigos de dança, percebeu que a oportunidade de mudar o destino e buscar a felicidade estava mesmo “Na Batida das Ruas”. Viveu literalmente cada batida rítmica do groove pesado no compasso do funk e do que viria a ser o Hip-Hop
“Os concursos de dança movimentavam toda a cidade. Os jovens passavam a maior parte da semana se preparando para o grande dia”.
Um livro que provavelmente se identifica com a realidade vivida por grande parcela da população brasileira e nos provoca a vontade de contarmos também a nossa própria história: com um final feliz.
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