Por Sandro Gianelli
O Conectado ao Poder entrevistou a psicóloga Danielle Cristhie (Patriota), pré-candidata a deputada federal, que falou sobre sua intenção em disputar uma cadeira na Câmara Federal, destacando políticas públicas para as mulheres e para os jovens.
O que motivou sua candidatura?
A motivação da minha candidatura foi o entendimento íntimo, aos 49 anos, de que estava na hora de dar mais de mim ao coletivo. Sempre acreditei que com estudo e coragem para viver as adversidades da vida, eu chegaria aonde eu quisesse. Hoje, no “lugar” que me encontro as necessidades materiais são mínimas, mas a necessidade existencial é enorme. Amo pessoas! Amo cuidar de pessoas! Fiz um curso para mulheres na política, com a intenção de aprender mais sobre o movimento e me deparei com a ampliação de leis para a carreira política de mulheres e o apoio do meu partido – Patriota. Não pensei duas vezes em me lançar pré-candidata com a intenção de promover tudo que fosse possível para minha sociedade.
Essa será sua primeira eleição?
Sim, é a primeira vez que me lanço em uma eleição, minha intenção é fazer uma transição de carreira. Quero, realmente cuidar da população e desenvolvendo a minha carreira política, encontrarei espaço para atingir meu objetivo de cuidar das pessoas de forma ampla.
Que bandeiras pretende defender na Câmara?
Minhas bandeiras são a família em todos os seus modelos de apresentação atuais, oferecendo escuta e consolidando entendimento de suas necessidades em seus contextos. A juventude com a promoção de políticas públicas que permitam que sejam vistos, ouvidos, compreendidos, deixando de serem vistos como indicadores e sejam motivados a serem protagonistas de suas vidas. E por último, minha bandeira é a promoção de meios dos mais simples aos mais complexos para promover saúde mental a nossa sociedade. Fiscalização, criação e melhoria de políticas públicas que possam gerar melhorias na qualidade de vida das pessoas e por conseguinte das relações pessoais e institucionais.
Quais políticas públicas que poderiam ser criadas para melhorar a vida das mulheres?
No campo familiar, trazer programas de orientação às mães e avós sobre o desenvolvimento infanto juvenil, uso de tecnologias, homeschooling, orientação profissional, inteligência emocional e orientações sobre o ciclo da violência doméstica.
No campo da juventude, criar programas que possam orientar meninas e meninos sobre suas emoções, constituindo pessoas mais seguras e mais responsáveis por suas atitudes. Promovendo inteligência emocional como uma disciplina de ensino fundamental e médio, sendo lecionada por psicólogos.
No campo da saúde mental, acredito na criação de espaços sócio interativos ou programas sociais que promovam orientação sobre qualidade de vida, acredito em facilitação de acesso aos atendimentos psicológicos não apenas em casos de transtornos graves. Trabalhar a promoção de saúde mental é mais barato do que comprar medicamentos e encher clínicas psiquiátricas com dinheiro público.
Essas ações tendem a melhorar as leituras de mundo das pessoas, sendo assim, todos são beneficiados, não somente a mulher. Afinal, não adianta termos mulheres saudáveis e todo resto doente. Precisamos de uma sociedade com saúde mental.
Como você vê a atuação das mulheres na política?
Esse universo ainda é muito novo para mim, mas o que mais tenho visto é uma atuação apaixonada pelas pessoas. Uma atuação com foco total no bem-estar geral. Em relação a política especificamente, acho que ainda teremos muito o que caminhar. Ouvi relatos de mulheres que sentem que há um incômodo entre as lideranças partidárias, há também uma certa indiferença, como se a mulher não soubesse o que está fazendo ali naquele contexto.
Ouvi outras que não foram orientadas e nem mesmo conhecem seus líderes partidários.
Como sou adepta da busca de conhecimento, faço muitos cursos, tenho consultorias de peso e estou sempre atualizando meus conhecimentos.
O Fábio Simão, presidente do Patriota, está apostando com integridade e clareza nas mulheres do partido. Acredito que faremos a diferença nessas eleições.
Se eleita, você vai investir em políticas públicas que promovam o empoderamento feminino?
Se eleita, farei um levantamento para conhecer todas as políticas públicas em voga com este objetivo. Em seguida fiscalizarei para que sejam entregues em sua essência para quem usa o programa. Por fim, buscarei ouvir o público feminino para saber suas necessidades, e diante delas, criar o que ainda não existe. Eleita, serei um canal direto com o público feminino com o objetivo real de representá-las em seus inúmeros papéis sociais.
O que sua experiência em psicologia pode trazer de benefício para a população no DF?
Desde 2007, foram mais de 19 mil atendimentos clínicos em 15 anos, 9 anos de gestão de RH, 5 especializações e o mestrado em psicologia clínica e da saúde.
Essa experiência me capacitou a olhar o ser humano que sofre com amor e crença em sua capacidade para ser melhor, conheço técnicas e condições que podem promover benefícios a esta população.
A população do DF tem famílias crescendo e que necessitam de direcionamento e informação para que estejam sempre formando pessoas sociáveis e melhores.
A população do DF tem jovens desejosos de um futuro melhor, mas para isso, precisam de um programa de peso que os forje mais seguros e mais orientados em seus próprios universos.
A população do DF precisa de promoção de saúde mental, informação, ambientes socio interativos e programas que promovam qualidade de vida e bem-estar social para seus jovens, homens, mulheres e idosos.
Minha experiência com a psicologia é uma experiência com a extração do melhor de cada indivíduo.
O DF é uma referência na arquitetura, na política, uma referência do céu mais lindo que já conheci nesse país e pode ser uma referência de uma cidade feliz, uma cidade que respira e transborda bem-estar.
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*Sandro Gianelli é consultor em marketing político, jornalista, colunista e radialista. Escreve a Coluna do Gianelli, de segunda a sexta, para o portal Conectado ao Poder e para o Jornal Alô Brasília e apresenta um programa de entrevistas, aos domingos, das 9h às 11h, na rádio Metrópoles – 104,1 FM.
