Adasa marca presença no XIV ENEOESTE 2024

A Agência Reguladora de Águas, Energia e Saneamento Básico do Distrito Federal (Adasa) foi representada pelo diretor Apolinário Rebelo no XIV Encontro de Economistas do Centro-Oeste (ENEOESTE – 2024), realizado na quarta-feira (18), no auditório SESI Saúde, em Brasília. O evento teve como tema central “Construindo Pontes para o Desenvolvimento Sustentável: Desafios e Oportunidades para a Região Centro-Oeste”.

Rebelo foi um dos painelistas da mesa de debates “Conectando o Centro-Oeste: Investimentos em Infraestrutura e Logística”, que discutiu, entre outros assuntos, a sustentabilidade em tempos de emergência climática, a transformação digital e os impactos econômicos para o desenvolvimento regional de longo prazo.

Em sua fala, o diretor da Agência enfatizou a relevância do debate e o papel fundamental do Brasil na produção agrícola global “Você não consegue estruturar um país da dimensão do Brasil se você não tiver clareza de quais são as demandas de infraestrutura e logística que organizem o desenvolvimento nacional e a cadeia de suprimentos. Quando você raciocina sobre a importância da água, nós trazemos outra temática, que é a questão da produção agrícola. A agricultura consome 80% da água que é disponibilizada por meio do regime de chuvas no Brasil, que são as águas superficiais. Isso é extremamente importante para o salto que do país deu no setor agrícola, que ajuda a sustentar a economia do país”.

Rebelo falou ainda sobre a distribuição irregular da água no Brasil e traçou um paralelo entre o regime de chuvas da região Centro-Oeste e sua produção agrícola. “Desde a década de 80, nossa região tem enfrentado um fenômeno de atraso no retorno das chuvas, o que hoje representa cerca de um mês e meio no início tardio do período chuvoso. São seis meses que chove e seis meses que não chove. Então, nossa capacidade de produzir está diretamente veiculada à organização do plantio, ao represamento dessa água e à recarga do lençol freático. Precisamos não só instrumentalizar o Estado com meios capazes de orientar tecnologias avançadas de irrigação, mas, sobretudo, o homem do campo. É necessário educar o médio e pequeno produtor rural no sentido de provê-los de capacidade de utilização de água com técnicas mais modernas”, ressaltou.

O painel no qual o diretor participou foi mediado por Maria Cristina Araújo, conselheira do Conselho Regional de Economia (Corecon/DF), e também contou com a presença de José Eduardo Pereira Filho, secretário executivo do Consórcio Brasil Central (BrC); Luciano Wexell Severo, subsecretário de Articulação Institucional do Ministério do Planejamento e Orçamento; João Paulo Cabral, assessor técnico da Superintendência do Desenvolvimento do Centro-Oeste (Sudeco) e Julieta Palmeira, assessora da Diretoria Financeira de Crédito e Captação da Financiadora de Estudos e Projetos (Finep), empresa pública veiculada ao Ministério da Ciência, Tecnologia, Inovações (MCTI).

Fonte: Adasa-DF

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