Adasa, Seagri e Emater apresentam projeto de conservação e utilização racional da água a membros do Comitê da Bacia do São Francisco

Nesta quinta-feira (14/09), a Agência Reguladora de Águas, Energia e Saneamento Básico do Distrito Federal (Adasa), em parceria com a Secretaria de Agricultura (Seagri-DF) e a Empresa de Assistência Técnica e Extensão Rural (Emater-DF), levaram representantes da Câmara Consultiva Regional do Alto São Francisco (CCR Alto São Francisco), membros da Diretoria Colegiada do Comitê da Bacia Hidrográfica do Rio São Francisco (CBHSF) e a equipe de projeto da Agência Peixe Vivo para visita técnica à bacia do rio Preto, no Distrito Federal. 

O objetivo foi apresentar o projeto de conservação e utilização racional da água, por meio da revitalização e modernização de canais rudimentares de irrigação, bem como da construção de tanques lonados na região.

“Esse tipo de intervenção traz um benefício imediato para a gestão de recursos hídricos na bacia, no qual todos ganham: as águas chegam nas propriedades que sofriam com o desabastecimento; o consumo é drasticamente reduzido com o controle das perdas e do desperdício; e os tanques ainda fornecem maior segurança hídrica. No fim das contas, há maior produção com menor consumo de água, e boa parte disso resulta em alimento fresco e de qualidade para a sociedade do DF”, explica o superintendente de Recursos Hídricos da Adasa, Gustavo Carneiro.

Por estar situada em um planalto, na cabeceira da bacia do rio São Francisco, a baixa disponibilidade hídrica dessa área do DF impõe diversas limitações às atividades de agricultura irrigada. Com isso, a área é propensa a conflitos pelo uso da água e diversas sub-bacias já convivem com regimes de alocação negociada durante os meses de estiagem. 

Apesar disso, na região ainda existem canais rudimentares, sem revestimento e sem controle de vazão de adução ou de distribuição, que foram construídos no início do desenvolvimento rural e que poderiam ser revitalizados conforme o projeto apresentado.

Para o coordenador da CCR Alto São Francisco, Altino Rodrigues, a visita técnica foi uma grata surpresa. “Nós já conhecíamos esse projeto por relatos e fotos, mas é muito mais interessante quando se vê, aqui, ao vivo e quando conversamos com os envolvidos. O projeto vai além de uma ação ambiental e de gestão dos recursos hídricos, envolve uma construção social. E, nesse sentido, é um trabalho que tem tudo para contribuir com as águas do São Francisco, pois cumpre a missão ambiental aliada ao social, que tanto prezamos e desejamos para ampliar as nossas relações e parcerias”, destacou. 

O secretário do comitê da Bacia de São Francisco, Almax Luiz, concorda que essa é uma excelente oportunidade de estreitar laços no DF. “É uma preocupação nossa fortalecer a presença do Comitê aqui no DF. Uma das formas de se fazer isso é investir o recurso da cobrança pelo uso da água para financiar projetos locais , em parceria com a Adasa e a Seagri”, complementou.

A revitalização proposta envolve a tubulação dos canais e a instalação de dispositivos de controle de derivação e de uso, para reduzir as perdas por evaporação e infiltração, e garantir o uso racional do recurso. Além disso, contempla a construção de tanques lonados nas propriedades, que permitem o estoque temporário das águas captadas dos pequenos cursos d’água ou canais, sem perdas por infiltração, de forma a não prejudicar a continuidade da irrigação durante as restrições impostas nos meses de alocação negociada da água.

Fonte: Adasa-DF

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