Advogados querem “Diretas Já” para a OAB

Considerada uma das instituições mais respeitadas do país, a Ordem dos Advogados do Brasil (OAB) ainda engatinha quando o assunto é democracia na escolha de seu representante máximo. Na manhã desta quarta-feira (17), um grupo de advogados participou de uma manifestação em frente à sede do Conselho Federal da Ordem, em Brasília. Na pauta, a eleição direta para a presidência da entidade.

Na ocasião, foi protocolado um documento solicitando a apreciação da pauta, assim como a nomeação de um relator para o tema. O advogado Everardo Gueiros destacou ser inconcebível que a presidência da OAB ainda seja escolhida de forma indireta.

“Depois de 40 anos de eleições diretas no Brasil, a Ordem ainda não tem eleições abertas para a escolha do presidente e da diretoria”, destaca o advogado. “A democracia na OAB é apenas da porta para fora; dentro, ela não existe”, completa.

Criada em 1930, há quase 94 anos, a Ordem dos Advogados do Brasil teve papel relevante na retomada da democracia, por meio do movimento Diretas Já, nos anos de 1980. Entretanto, a escolha do presidente do Conselho Federal ainda é feita por 81 conselheiros, representantes dos estados e do Distrito Federal.

Para os advogados, essa postura vai na contramão do que preconiza o Estado Democrático, limitando a poucos uma decisão que deveria ser estendida a todos os membros da entidade.

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