Da redação do Conectado ao Poder
O presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT), em carta lida durante fórum da Organização das Nações Unidas para a Educação, Ciência e Cultura (Unesco), na quarta-feira (22), defendeu a regulação das redes sociais como estratégia para diminuir desigualdades de acesso, disseminação de fake news e fortalecimento da democracia.
Na carta, que foi lida por um representante brasileiro durante o fórum, Lula afirma que “é papel da comunidade internacional trabalhar na regulação das redes sociais, de forma a encontrar um equilíbrio entre a garantia da liberdade de expressão e o direito coletivo a informações confiáveis”.
Lula diz também que a falta de regulação traz pontos negativos e que precisam ser corrigidos. “O ambiente digital acarretou a concentração de mercado e de poder nas mãos de poucas empresas e países. Trouxe, também, riscos à democracia”.
Ao se posicionar a favor do presidente, o ministro da Justiça, Flávio Dino, informa que “queremos proteger a liberdade de expressão porque só existe uma forma de protegê-la, que é enfrentar os abusos”.
Para ele, esses abusos estão relacionados ao lobby das grandes empresas de tecnologia, as chamadas ‘big tech’. “Essas empresas, todas elas de um modo geral, podem se autorregular. Existem mecanismos pelos quais as big techs sabem o que está circulando e induzem, inclusive, a circulação de certos conteúdos”.
Diferente das opiniões a favor da regulamentação, o jornalista Boris Casoy se posiciona contra esta vertente. “Imagine você, entregar na mão do Lula, o julgamento da equidade das transmissões das emissoras de Rádio e TV”.
Segundo ele, o objetivo do PT é controlar os meios de comunicação. Quando o Lula fala em regulamentação da mídia, ele vai tentar. Porque a mídia é chata para o PT, a mídia denuncia, ela informa a população, ela dá voz a oposições, e muitas vezes, segundo a visão do PT, você dar voz a oposição, é injusto”
O jornalista continua dizendo, “Os conceitos de liberdade do presidente Lula, não são os conceitos de liberdade da maioria da população brasileira”.