Aluguel consumiu R$ 40,5 milhões do GDF até agosto

Foram mais R$ 2 milhões de taxa de condomínio. Enquanto isso, Centro Administrativo de Taguatinga está vazio.

Em oito meses de gestão no comando do Governo do Distrito Federal e mergulhado numa crise financeira sem precedentes, o governador Rodrigo Rollemberg (PSB) autorizou o desembolso de R$ 42,6 milhões para o pagamento de aluguel de imóveis e de taxas de condomínio. Com uma estrutura inchada que reúne 34 secretarias e 24 administrações regionais, a burocracia transborda os prédios oficiais e o GDF tem de alugar espaços para acomodar servidores, boa parte de comissionados.

O levantamento dos gastos com aluguel foi feito pelo deputado Chico Leite (Rede), com base em dados do Sistema Interado de Gestão Governamental do DF, o Siggo. De acordo com os números pesquisados por Leite, de janeiro a agosto deste ano, o governo gastou R$ 40.543.361,66 com locação de imóveis e R$ 2.092.235,05 com taxas de condomínio. Uma despesa mensal de R$ 5,3 milhões.

Nesta época de crise financeira, o governo deve cortar gastos não essenciais, em vez de penalizar a população com aumento de impostos.

Deputado Chico Leite

Para o parlamentar, o GDF precisa rever as despesas e pensar medidas de economia. O deputado faz referência ao pacote de arrocho anunciado há 15 dias pelo governador. Alegando ter um rombo de R$ 5,25 bilhões, o GDF anunciou medidas como aumento de impostos, suspensão de concursos e reajustes de servidores, além de retirar recursos destinados à aposentadoria dos funcionários.

Dados do GDF são diferentes
O governo contesta o levantamento do político. Segundo o Palácio do Buriti, foram gastos R$ 36 milhões com aluguel, R$ 4 milhões a menos do que no mesmo período do ano passado. Com base nos números expostos pelo Executivo em relação ao exercício de 2015, significa que, por mês, foram gastos R$ 5.067.920 em aluguel de imóveis.

 

Tony Winston/Agência Brasília

 

O GDF afirma em nota que tem feito economias para diminuir o gasto com aluguéis. Uma das estratégias para reduzir essas despesas está na transferência de três secretarias para o Estádio Nacional de Brasília Mané Garrincha – a de Economia e Desenvolvimento Sustentável, a de Desenvolvimento Humano e Social e a do Esporte e Lazer.

Antes da inauguração do novo centro da burocracia, o Ministério Público do Distrito Federal e Territórios (MPDFT) recomendou que a administração de Taguatinga não expedisse qualquer documento autorizando a ocupação. A partir do momento em que o Centro Administrativo for ocupado, o governo passar a pagar mensalmente R$ 17 milhões para o consórcio responsável pelá obra.

O Centro Administrativo, construído para sediar o governo, deveria ser o exemplo para outros empreendimentos. Mas tentou se livrar da obrigação de apresentar documentos exigidos pelo próprio poder público para diminuir o transtorno que a inauguração de uma grande obra causa na rotina das pessoas, como o Relatório de Impacto de Trânsito (RIT).

Sem conseguir dar a volta na Justiça, a transferência para o novo endereço em Taguatinga ainda depende da regularização de documentos. Em fevereiro deste ano, a Promotoria de Justiça de Defesa da Ordem Urbanística (Prourb) conseguiu anular judicialmente o habite-se que permitia o funcionamento do local por meio de uma decisão da Vara de Meio Ambiente, Desenvolvimento Urbano e Fundiário.

Fonte: metropoles.com

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