Da redação do Conectado ao Poder

A Comissão Parlamentar de Inquérito (CPI) da Câmara Legislativa que tem como objetivo investigar os atos antidemocráticos que ocorreram em Brasília, aprovou a convocação, bem como a quebra do seu sigilo bancário, fiscal, telefônico e telemático, do ex-secretário de Segurança Pública do DF (SSP-DF), Anderson Torres.
Na terça-feira (14) completou um mês da prisão preventiva do ex-secretário de Segurança Pública do Distrito Federal, Anderson Torres. Ele é investigado por suspeita de omissão nos atos que resultaram na depredação das sedes dos Três Poderes, em Brasília, no dia 8 de janeiro.
A defesa tenta a revogação da decisão, mas o pedido ainda está em análise.
Rodrigo Roca, advogado de Torres, afirma que para qualquer tipo de ação, criminal ou administrativa, a argumentação pela inocência do acusado será a mesma: “não houve omissão em nenhum momento, e a verdade é uma só”.
O procurador Carlos Frederico Santos pediu acesso aos resultados da perícia da Polícia Federal (PF) para emitir um parecer. Em mensagem enviada ao TSF, ele diz: “Embora, aparentemente, possa não ser decisivo para o desfecho da investigação, em tese tem relevância para a manutenção ou não da custódia cautelar”.
Roca diz que o pedido do procurador pelo parecer da PF não é necessariamente um indicativo de acolhimento ao pleito da defesa. “Tudo vai depender da interpretação”, mas aguarda o parecer da PGR e a decisão do STF sobre o caso.
Minuta
O STF deve decidir se mantém a minuta golpista encontrada pela Polícia Federal na casa do ex-secretário.
O texto tratava de uma proposta de decreto para o ex-chefe do Executivo instaurar um estado de defesa no TSE, e, com isso, reverter o resultado da eleição em que Luiz Inácio Lula da Silva (PT) saiu vencedor.
Em depoimento à polícia Federal sobre a minuta, Torres disse desconhecer o documento e também não sabe quem o elaborou. Ademais, afirmou nunca ter levado ao ex-presidente.
Operação Lesa Pátria
Além disso, as investigações da PF não param. Uma nova fase da operação Lesa Pátria, ocorreu na terça-feira (14). A operação investiga suspeitos pelos crimes de: abolição violenta do Estado Democrático de Direito; golpe de Estado; dano qualificado; associação criminosa; incitação ao crime; destruição e deterioração ou inutilização de bem especialmente protegido.
A operação tenta cumprir oito mandados de prisão preventiva e outros 13 de busca e apreensão, sendo realizadas nos estados de Goiás, Minas, São Paulo, Paraná e Sergipe.