Até oposicionistas admitem reabrir pauta de votações no plenário.
Convencidos de que a obstrução à pauta da Câmara Legislativa cumpriu o papel de fazer com que o governo abrisse o diálogo com servidores em greve, quatro dos cinco deputados que adotaram esse recurso decidiram suspender sua utilização.
Autor da proposta do bloqueio, o deputado Ricardo Vale (PT) considera que a medida teve resultados positivos e retomará o ritmo normal de votação na Câmara. “Mas continuaremos ao lado dos trabalhadores em suas justas batalhas por melhores salários, condições de trabalho e qualidade de ensino”, alerta.
O também petista Chico Vigilante acredita que, embora o governo não tenha atendido os pleitos das categorias em sua plenitude, não existe problema em votar os projetos do Executivo a partir de terça-feira, desde que não tratem de aumentar impostos.
Mesmo acreditando que os possíveis avanços obtidos nas negociações são ilusórios, o peemedebista Wellington Luiz entende que o bloqueio da pauta não mais se justifica. Ressalta que o papel da Câmara foi fundamental na retomada do diálogo. “O governo se distanciou do processo de interlocução, o que acabou estendendo a greve, os servidores vieram buscar apoio na Câmara e a Casa praticamente parou.”
A continuidade da obstrução também não faz mais sentido para Wasny de Roure (PT). “Creio que temos plenas condições de retomar a normalidade da Câmara”, afirma. Ainda relutante, o distrital Bispo Renato Andrade (PTR) só definirá sua posição após reunião agendada para a próxima segunda-feira.
Cobrança de área verde será reestruturada
O projeto que estipula cobrança pelo uso de área pública próximo a residências deverá ser retirado da Câmara e ganhar nova redação para sanar as inconsistências apontadas pelos distritais.
As matérias que tratam da liquidação e venda de imóveis da SAB e do terreno ao lado do Parkshopping são prioritárias para o GDF.
O Executivo também pretende ver aprovado o texto que autoriza a negociação de débitos até R$ 5 mil inscritos na dívida ativa.