Após reclamações do PDT a Rollemberg, aliados criticam “isolamento” do Buriti

20150617012116As siglas ainda não ameaçam deixar as fileiras governistas, mas não escondem mais o desconforto por não ter participação, tanto na definição de projetos quanto na ocupação de cargos estratégicos.

A queixa do isolamento político do Buriti feita pelo PDT ao governador Rodrigo Rollemberg contaminou outros partidos da base. PSDB e SD também alegam que estão marginalizados do núcleo político do governo. As siglas ainda não ameaçam deixar as fileiras governistas, mas não escondem mais o desconforto por não ter participação, tanto na definição de projetos quanto na ocupação de cargos estratégicos.

“Ajudamos nas eleições sendo parceiros de primeira hora. Hoje estamos distantes do governo. Não somos  convidados para as decisões. Dos 24 secretários, não há um só do nosso partido. Isso é inominável, inaceitável”, disparou o presidente regional do Solidariedade, deputado federal, Augusto Carvalho.

Hoje o partido participa do GDF com os administradores interinos do Gama, Taguatinga e pontualmente em outros órgãos do Executivo . Do ponto de vista de Carvalho, estar presente apenas nestes espaços não configura participar do governo.

Diálogo com a sociedade

“Um governo que dialoga mal com os aliados de primeira hora, dialoga mal com a sociedade”, cravou o parlamentar. Um discurso semelhante norteia os tucanos brasilienses. Nas palavras do deputado distrital Raimundo Ribeiro (PSDB), a legenda não está confortável com o isolamento político do Buriti.

Segundo Ribeiro, o partido fez uma aliança programática com o projeto político de Rollemberg   desde as eleições e depois do resultado das urnas não foi chamado para contribuir com o governo. “A discussão não pode ser fulanizada. Não estamos falando da participação de fulanos, de pessoas. Estamos falando da participação de projetos”, argumentou.

De acordo com o parlamentar,  os quadros tucanos podem participar no campo da formulação de ideias ou ocupando diretamente espaços. Na leitura de Ribeiro, ainda é cedo para avaliar se a troca de comando da Casa Civil poderá influenciar na melhoria das relações do GDF com os partidos aliados.

“Será uma troca de pessoas? Ou uma troca de metodologias? O governo precisa de mais agilidade”, comentou.

Unidos contra aumentos da carga tributária

SD e PSDB apontam vários erros graves na gestão Rollemberg. Os problemas nas áreas de Transportes, Saúde e as propostas de aumentos de impostos estão entre as principais críticas feitas pelas siglas aliadas. “Participo da CPI dos Transportes. Posso dizer que temos problemas terríveis nesta área. Montou-se uma estrutura que não beneficia a população e que encareceu o sistema”, comentou Raimundo Ribeiro.

Considerando que há 5 meses, o GDF decretou estado de emergência na Saúde Pública, o tucano avalia que o GDF ainda não conseguiu evoluir em nada para a solução da crise na rede pública. Para Ribeiro, o problema não é a apresentação de uma solução milagrosa, mas sim a falta de sinais concretos de que medidas estão sendo tomadas para realmente tirar os hospitais da UTI.

Segundo Augusto Carvalho, o GDF deveria ter  olhar mais crítico, antes de propor reajustes de impostos. O deputado partilha o pensamento de que o governo não pode mais jogar as mazelas do dia a dia na desculpa de que elas são heranças de administrações anteriores.

 Fonte: Jornal de Brasília

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