Artigo | Governo Ibaneis muda foco do debate em comparação a eleição de 2018

Por Sandro Gianelli

Os debates realizados em 2018 giravam em torno de um Distrito Federal sucateado, com viaduto caído e várias obras essenciais sendo cobradas.

A diferença entre os debates de 2018 e o primeiro debate realizado pela Band demonstrou que nesse quesito o DF evoluiu. Nada sobre obras foi questionado durante todo o debate.

No geral, assistimos Keka Bagno (Psol), Leandro Grass (PV) e Rafael Parente (PSB) focados em discursos de esquerda. Paulo Octávio (PSD) focado no passado. Ibaneis Rocha (MDB) sendo bombardeado por todos. Izalci Lucas (PSDB) tentando demonstrar que tem um planejamento para o DF. E Leila do Vôlei (PDT) continua com discurso confuso. Quem se lembra de uma entrevista que ela concedeu para uma rádio e viralizou nas eleições de 2018?

Ibaneis demonstrou que sabe o que foi feito em sua gestão, foi firme e transparente em relação aos dados.

Parente mostrou sua chateação ideológica em relação a gestão compartilhada nas escolas. Gestão aprovada pela maioria dos brasilienses e que foi o principal motivo para sua saída da secretária de educação do governo Ibaneis.

Os opositores de Ibaneis repetiam o nome de Reguffe, estratégia para herdar seu eleitorado. Inclusive, Parente os chamou de oportunistas.

No geral, senti candidatos despreparados. Projetos individuais, ideológicos e nada de concreto com propostas para toda a população, apenas discursos segmentados.

Vários opositores ao governador Ibaneis demonstraram que estão num jogo de comadres.

Paulo Octávio foi o candidato a ter mais problemas com o tempo. Demonstrou não ter o raciocínio para pensar o DF para frente, com foco no futuro. Focou em seu passado e de sua família.

A pandemia foi ignorada pelos adversários de Ibaneis. Atacaram a saúde como se a pandemia não tivesse existido. Durante o governo Agnelo, governador médico, com presidente da República e da Câmara Legislativa do seu partido e prometendo conciliar seu governo com a secretaria de saúde, mesmo com esse cenário, o governo não deu jeito na saúde. Ibaneis com uma pandemia daria jeito? Mesmo assim o governo contratou mais profissionais de saúde, reformou e ampliou hospitais, construiu UPAs e UBSs e emplacou o IGES-DF, projeto que o antecessor não conseguiu tirar do papel.

Nessas eleições, se continuar como foi apresentado no debate de domingo (7), todos saem maiores desta disputa. Paulo Octávio usará o tempo para impulsionar a candidatura de seu filho.

Leandro Grass aumentará sua votação em relação a 2018. Keka sairá de conselheira tutelar à ex-candidata ao GDF. Leila e Izalci não se abstém das urnas, como fez Reguffe em 2018 e não caem no esquecimento do eleitor. Rafael Parente estreia nas urnas.

Se os candidatos não se organizarem e se prepararem melhor, Ibaneis será reeleito e entrará para a história como o segundo governador a ser eleito no DF. E os moradores do DF continuarão com um governo competente, que tirou o atraso das obras e transformou o DF num canteiro de obras.

Se em 2018, reclamávamos por falta de obras e de manutenção na cidade, essa fase ficou superada, a missão será evoluir em outras áreas. Os governos de esquerda, antecessores de Ibaneis, saíram massacrados das urnas. Tirando Paulo e Izalci, todos os outros candidatos representam a esquerda. Será que é isso que o DF quer de novo?

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*Sandro Gianelli é consultor em marketing político, jornalista, colunista e radialista. Escreve a Coluna do Gianelli, de segunda a sexta, para o portal Conectado ao Poder e para o Jornal Alô Brasília.

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