Por Luciano Lima
É muito fácil entender todos os ataques que estão na pauta IMPRESSÃO DO VOTO ELETRÔNICO. E pasmem: os maiores inimigos do voto impresso são o Supremo Tribunal Federal (STF) e Tribunal Superior Eleitoral (TSE), que espalham aos quatro cantos que é desperdício de dinheiro e um retrocesso.
É importante lembrar ao TSE que as respostas sobre os questionamentos e dúvidas levantadas ainda nas eleições de 2014 não foram respondidas claramente até hoje, apesar das dezenas de audiências públicas realizadas no Congresso Nacional.
É importante deixar bem claro a todos os brasileiros que a impressão do voto não é a volta para a cédula de papel. são coisas totalmente distintas. aliás, o congresso nacional aprovou o voto impresso e o Supremo Tribunal Federal desrespeitou a decisão soberana do povo. Será que o Congresso Nacional não representa mais a vontade da população ou da maioria? Será que até isso o STF vai querer modificar ou judicializar?
A impressão do voto eletrônico dificulta imensamente as fraudes e também pode ser contada pelo computador. Ou seja, o voto impresso não exige necessariamente a contagem manual. E mais: o eleitor não leva o voto impresso para casa. O voto é depositado em uma urna física. Além disso, caso ocorra uma falha ou suspeita de fraude, o voto impresso possibilita a realização de auditoria.
Sem o voto impresso, ficam no ar algumas perguntas que carecem de respostas rápidas. Quem é de fato o autor do voto: o eleitor ou a urna? Por que a urna tem que ter o total controle sobre o voto?
As antigas alegações do TSE de que as dificuldades orçamentárias poderiam atrapalhar o cumprimento da lei que obriga a implantação do voto impresso já derreteu. A inacreditável desculpa de plantão (ou de momento), acreditem, é que os defensores do voto impresso são antidemocráticos. Acho que nem o pior dos comediantes faria uma piada tão sem graça.
O fato é que a população tem desconfiança das urnas eletrônicas. Pouquíssimas nações do planeta usam o processo eleitoral brasileiro da forma que hoje é aplicada. Aliás, alguns países chegaram a estudar o nosso modelo e desistiram. Nós, eleitores, precisamos ter a certeza da eficiência e da transparência nas eleições. Isso é que democracia.
Para encerrar quero deixar um recado para os meus amigos jornalistas, uma profissão que tenho um enorme orgulho de pertencer. Não vamos cultuar a desinformação. Não deixem que as redações se transformem em “palco” de torcidas organizadas. Hoje estou assistindo aterrorizado a interpretação da notícia e não os fatos.
Infelizmente, as redações de vários veículos de comunicação estão tomadas de jovens jornalistas que, ávidos por lugar ao sol e fama instantânea, estão sendo manipulados. Hoje é facilmente compreensível o porquê de alguns veículos de comunicação estarem demitindo jornalistas experientes, tarimbados e com altos salários.
Ainda há tempo de salvar e unir o Brasil.
*Luciano Lima é jornalista, radialista e historiador