Brasil sem “Gente boa”

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Por Renato Riella

Otimista, cheio de fé e sempre esperançoso, acordei hoje desiludido.

Daqui a pouco vou correr/caminhar 6 km e melhorou. Isto é: volto ao normal.

O certo é que, refletindo sozinho, na madrugada, percebi que o Brasil não tem hoje ninguém que a gente consiga admirar – muito menos possa confiar.

Só tem merda no Brasil atual. Desculpe, mas preciso engrossar para ser ouvido.

Nas pedras de Marte deve haver mais líder do que nas terras cheias de vida do Brasil.

O brasileiro tem fama de ser gente boa.

Refleti profundamente, antes do café da manhã, mas só distingui duas personalidades vivas plenamente confiáveis neste Brasil continental: Zeca Pagodinho e Zico. Ambos estão fora do PIB – vivendo da fama construída em décadas.

Esses dois craques, já quase velhos, são unanimidade. Grandes profissionais, amigos e cidadãos. Exemplos para os mais novos.

Na política, não existe ninguém com nome consolidado.

E na Justiça, não sobra ninguém.

Incrível: o Brasil não tem um economista que a gente possa confiar. Aliás, há algum economista famoso vivo?

E somos um deserto de juristas injustos, manipuladores dos seus próprios interesses (coitado de Ruy Barbosa, lá em cima).

Não há ninguém acima de suspeita na Academia Brasileira de Letras – nem nas igrejas.

Sim, nenhum padre ou pastor é exemplo de nada (talvez Padre Marcelo Rossi!).

E não há nenhum escritor admirável ainda vivo. Não compro livro de ninguém. 

Somos um país que não possui sequer um médico famoso admirável.

Pergunto: temos algum cientista vivo? Alguém registrou patente que preste nos últimos anos? E por que nada repercute, nunca?

No futebol milionário do Brasil, só sobra o craque Ganso – elegante no campo e na vida, sem ser ídolo.

E tivemos o desafio da pandemia, que passou sem deixar lembrança de nenhum líder. Nenhum ser inteligente conseguiu aparecer para nos salvar.

As horrorosas infectologistas ficaram famosas. Apareciam dizendo barbaridades sobre a Covid na TV. Depois, com tantos erros, se transformaram em bruxas. Andam circulando por aí voando nas suas vassouras (e a gente torcendo para que despenquem).

No fim de 2022, convivi com o então ministro da Saúde, Marcelo Queiroga, que está longe de ser unanimidade – mas teve o mérito de pacificar o ambiente da pandemia. Pode ser que a história reconheça isso.

Incrível que, na minha Bahia, não sobrou ninguém classificado como “gente boa”. Quanta saudade do querido Caymmi!!!!

Não vale Irmã Dulce, que já morreu e está em outra categoria, santa que é.

Admiro Divaldo Franco, mas sei que muita gente contesta ele.

Carlinhos Brown, se não fosse tão barulhento, seria um Zeca Pagodinho baiano – mas não desperta confiança, na sua poluição verbal.

Entre artistas de TV com fama nacional, não se salva ninguém, nas suas picaretagens da Lei Roubanet (talvez possamos confiar em Toni Ramos).

Há algum influencer de valor no Brasil, com os seus milhões de fãs?

Há algum jornalista famoso que mereça esse título de “jornalista”? Não conheço nenhum. Quase todos protegem descaradamente os grandes criminosos do País. Ou exageram no direitismo! Jornalismo sem isenção é vergonha.

O Brasil precisa passar o rodo.

Pode ser que, por milagre, surja na juventude alguém que preste, dentro de alguns anos.

Mas, quase certamente, levaremos mais 100 anos sem sonhar com um Prêmio Nobel – nem com a sexta Copa do Mundo.   

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