Celina Leão protocola denúncia contra Liliane Roriz

coletiva2A deputada distrital Celina Leão (PPS) protocolou denúncia no Tribunal de Justiça do Distrito Federal e Territórios, na sexta-feira (2), contra a deputada Liliane Roriz (PRTB), para que a parlamentar seja investigada por três crimes: falso testemunho, fraude processual e obstrução à Justiça.

Para falar desta iniciativa, a deputada Celina Leão convocou coletiva de imprensa, nesta segunda-feira (5), na qual aponta que foi Liliane quem levou o Ministério Público ao erro, especialmente por ter entregue documentos editados e mentido em seus depoimentos. “Há furos e lacunas”, observa Celina.

“Fiz essas três denúncias porque isso aconteceu durante o inquérito e nós aguardávamos qual seria o enquadramento dela”, disse Celina aos jornalistas. A partir do momento em que Liliane foi enquadrada como testemunha, Celina explica que a colega de parlamento tem de responder a todos esses crimes.  “Ela é uma atriz e tem de voltar à antiga profissão inicial dela”, diz Celina.

A expectativa de Celina é de que o próprio Ministério Público do DF acate seu pedido e abra contra ela um inquérito criminal e se descubra qual a motivação de Liliane ter mentido. “Na condição de testemunha, se a pessoa está colaborando com a Justiça, por que mente? Por que entrega o celular com senha e não entrega todas as mensagens? Por que isso não está nos autos, ainda?”, questiona Celina, dizendo que gostaria que isso estivesse nos autos, inclusive os arquivos dela, os 54 mil arquivos dela que foram deletados três dias antes da operação. “Isso é de chamar a atenção, já que ela é uma colaboradora e sabia que haveria a operação”, avalia Celina.

O crime de falso testemunho de Liliane ocorre, de acordo com Celina, quando Liliane prestou seu primeiro testemunho, dizendo que não tinha conhecimento da emenda e que não sabia quem era autor da emenda, o que foi desmentido por ela e depois por seu assessor (Jos[e Adenauer), no segundo momento, quando ele diz que ele tinha conhecimento da emenda e que ela sabia da emenda. “Ela mentiu ao MP”, garante Celina.

A fraude  processual ocorre quando ela leva uma falsa informação ao MP. “Ela manipulou dados no próprio inquérito do Ministério Público. Ela anexou minutas que davam entendimento ao MP de que a emenda era nossa. A emenda foi produzida por ela, no gabinete dela, com anuência dela. Mas ela disse que a emenda era nossa.  Eu não estava presente no plenário, no dia da votação, devo ressaltarFaltavam ainda duas assinaturas na emenda. Como a minha e a do deputado Raimundo Ribeiro. Nós assinamos a posteriori”, garante Celina.

Quanto a questão de obstrução da Justiça, que não está codificada no Código Penal, Celina denuncia. “A partir do momento que a pessoa apaga arquivos está configurado como obstrução de Justiça e que serviria para entrar com pedido de uma prisão preventiva”, diz a parlamentar.

Celina relembra, ainda, que foi divulgada a imagem de um assessor que não é dela, como se fosse, mas era de um servidor de carreira da casa, classificando o episódio como “um absurdo”. “Um assessor que não é meu, de carreira da Casa, era quem conduzia um material. Isso foi para dar a impressão tanto à Justiça quanto à população de que havia ocorrido de obstrução de Justiça, da nossa parte. O engraçado é que tudo que a deputada Liliane nos acusa, é ela quem pratica”, sublinha Celina.

Para Celina foi um exagero do MP pedir o afastamento dos deputados de seus mandatos.  “Não somos membros da CPI da Saúde, comissão que tem investigado a fundo a saúde do governo. E o grande beneficiário de um afastamento dos deputados, seja da CPI, seja do mandato, seria o governo do DF. “Por isso que eu sempre tenho falado de que essa é uma questão política”, assegura Celina.

Fonte: Ascom da deputada Celina Leão

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