Censo do IBGE vai tirar recursos de vários municípios do Entorno

Por Sandro Gianelli

Prefeito de Novo Gama vai recorrer à Justiça para que o município não perca recursos

A polêmica envolve o tamanho da população. Se o resultado do levantamento não for questionado pelos municípios e aceito pelas autoridades, vários municípios perderão recursos. Confira alguns municípios do Entorno que vão perder recursos.

Águas Lindas de Goiás diminuiu de 222.850 para 208.892 habitantes. Luziânia caiu de 214.645 habitantes para 196.416. Novo Gama foi de 119.649 habitantes para 97.976 e Santo Antônio do Descoberto foi de 76.871 habitantes para 68.654.

Além do atraso no Censo do IBGE, que estimou população brasileira em 207 milhões, os técnicos do próprio instituto criticam a metodologia utilizada. Devido à população menor, 702 municípios esperam perder R$ 3 bilhões em repasses da União e prometem ir à Justiça.

E o caso do município de Novo Gama, onde o prefeito Carlinhos do Mangão irá recorrer do levantamento realizado. Quem conhece a região do Entorno sabe que os municípios crescem em número de habitantes, ano após ano.

“Assim que tomamos conhecimento da prévia do IBGE, nós acionamos o nosso departamento jurídico, já estamos fazendo os levantamentos paralelos, porque não tem condições do município ter uma redução drástica como foi feito, haja visto que a população tem aumentado bastante com vários loteamentos e programas sociais de residência”, disse Carlinhos do Mangão.

Carlinhos teme a perda na arrecadação no Fundo de Participação dos Municípios (FPM). Vários municípios dependem do FPM para custear as contas da prefeitura.

“Nós estávamos com a expectativa de aumentar o valor do FPM, tendo em vista que a população tem aumentado, o Novo Gama hoje tem aproximadamente 150 a 160 mil habitantes, os dados do IBGE caíram de 119 para 97 mil”, disse Mangão.

Segundo o prefeito, os levantamentos realizados pela prefeitura em relação a ligações de energia e água em Novo Gama mostram que os dados do IBGE estão completamente equivocados.

A Federação Goiana de Municípios (FGM) e a Confederação Nacional dos Municípios (CNM) nos orientou para ingressarmos com uma ação para rever essas decisões. Alguns Estados já conseguiram reverter judicialmente, o que constata que esses erros são constantes e os maiores prejudicados são os municípios.

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