Mantidas as atuais regras eleitorais e as atuais condições políticas no Distrito Federal, as contas do PT para a eleição em 2014 de deputados distritais e federais não fecham. Por um lado, sobram votos potenciais para um pequeno número de candidatos à Câmara dos Deputados. De outro, a fila de distritais está congestionada e o número de votos possíveis é bem inferior ao nível de conforto da elegibilidade garantida.
Segundo o presidente regional do PT, deputado federal Roberto Policarpo, a meta do partido é no mínimo manter o atual quadro de parlamentares no tabuleiro político local. Ou seja, emplacar pelo menos seis distritais e três federais. Para o líder petista, a situação atual inspira cuidados. “É uma preocupação”, resumiu.
Puxadores
No cenário para distrital, dois parlamentares com as características de “puxadores de votos” sinalizam a disposição de não disputar as próximas eleições. Tratam-se do presidente da Câmara Legislativa Wasny de Roure, e da líder de governo Arlete Sampaio. Paralelamente, outro nome de peso, o do deputado Patrício, indica fortes chances de concorrer à vaga de federal e levar com ele seus votos.
O distrital Chico Leite está com o futuro político dividido entre a potencialidade para a candidatura a federal ou a corrida pelo Senado.
Indefinição semelhante é vista no planejamento do ex-secretário de Habitação Geraldo Magela, que voltou à Câmara dos Deputados. Os horizontes de uma tentativa de reeleição ou disputa pelo Senado estão em aberto para Magela.
Por último, o partido ainda não sabe qual será o futuro dos votos de Paulo Tadeu, que conquistou uma expressiva votação para deputado federal em 2010, mas hoje está distante da sigla na condição de conselheiro do Tribunal de Contas do DF. Diante deste contexto, também pesam a estratégia para a reeleição da presidente Dilma, e fato que o governo Agnelo Queiroz ainda não ter atingido níveis de satisfação popular altos, um fator crucial para a captação de votos.
Alianças são indispensáveis, avisa Wilmar
Referência histórica e política do PT, o secretário de Administração Pública, Wilmar Lacerda, considera que os cálculos internos do partido para 2014 não podem desconsiderar a composição da aliança política no DF. Nesse sentindo, Lacerda vai além das contas para deputados e afirma que o partido deve abrir mão da cadeira do Senado e dos seus suplentes para preservar a atual coalizão partidária.
“A manutenção e ampliação da nossa bancada é importante, assim como é importante manter a coligação e os espaços de nossos aliados. Em função de nosso arco de aliança, um dos maiores do Brasil, o PT não pode crescer muito ao ponto de diminuir os nossos aliados”, comentou. Conforme Lacerda, a história demonstra que o PT foi derrotado todas as vezes em que tentou emplacar chapas puras ou hegemônicas.
Fonte: Da redação do clicabrasilia.com.br