Corrida da desconfiança

Por Luciana Conti

A corrida eleitoral começou. As pesquisas apontam, o povo duvida. Este parece ser o cenário eleitoral para 2018. Se antes já se colocava em questão os resultados de institutos até então considerados confiáveis em pesquisas eleitorais, no panorama atual da política brasileira não se parece acreditar mais nem nas pesquisas nem nos candidatos.

A crise política no Brasil trouxe muito mais do que falcatruas à luz da verdade, trouxe insegurança e desesperança para a população brasileira. Não é difícil encontrar eleitores que ainda não têm a menor ideia de quais serão seus candidatos, e mais, se irão votar nas próximas eleições. Esse é o retrato do enfraquecimento do país. Crise política, crise econômica, crise da credibilidade mundial.

Sofre a economia, sofre o povo, sofre até mesmo a vontade política que parece também não enxergar saída para tanta insatisfação. Partidos se reinventam, buscam alianças e novos representantes, mas nada parece reavivar a confiança da população.

Pesquisa recente indica que, no Distrito Federal, 91% da população ainda não sabe em quem votar e rejeitam a maioria dos pretensos candidatos. Situação que não teve grande repercussão entre os articuladores políticos locais, que acreditam que a evolução da percepção da sociedade sobre essas questões já era esperada e normal. Cientistas políticos apontam os diversos escândalos como responsáveis pela sensação de impunidade e da descrença da população.

‘Sinceramente não sei em quem irei votar, acho que não temos muitas opções, o que vemos é mais do mesmo. Com tanta impunidade sambando na nossa cara, só mesmo um milagre”, diz Halley Lacerda.

Ainda não é possível saber o que esperar dessa corrida da desconfiança. Enquanto parlamentares permanecem apostando nas mudanças, a população está cada vez mais, embora inseguros, de olhos abertos e conscientes dos rumos que a política tem tomado no Brasil.

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