CPI recua de exumação de Janene e presidente vai ouvir a viúva

20150520225955497075iO ex-parlamentar foi réu no mensalão e, segundo a Lava-Jato, destinatário de propinas de desvios na Petrobras; ideia de exumar o corpo surgiu depois da suspeita de que ele teria forjado a morte para escapar da condenação.

Brasília e Curitiba — Uma tentativa de aprovar a exumação do corpo do ex-deputado José Janene (PP-PR) causou confusão na CPI da Petrobras ontem. Após anunciar a intenção de desenterrar os restos mortais e alegar que a própria viúva suspeitava que o ex-marido ainda estivesse vivo, o presidente da comissão, Hugo Motta (PMDB-PB), foi desmentido e recuou. Ele disse que tinha o compromisso de apresentar um requerimento de exumação do corpo e, no início da noite, a assessoria dele chegou a informar ao Correio que havia votos suficientes para aprovar o pedido na comissão. “Eu vou protocolar o requerimento, pois me comprometi com essa exumação”, garantiu. Após a negativa de Stael Fernanda Janene, o presidente decidiu primeiro ouvir a viúva, para depois avaliar uma eventual exumação: “Não queremos aqui agredir a memória ou os familiares de ninguém”.

O ex-parlamentar foi réu no mensalão e, segundo a Lava-Jato, destinatário de propinas de desvios na Petrobras. Mas não forjou a própria morte, assegurou Stael. “Fui eu mesma em companhia de meus filhos e das filhas dele, que recebi seu corpo na mesquita muçulmana aqui em Londrina”, disse ela, em nota ontem. Antes disso, Motta dissera: “A própria viúva não tem certeza se o senhor Janene morreu. O caixão apareceu lacrado e ninguém o teria visto morto”. Motta chegou a dizer ter informações de que Janene estaria na América Central.

Fonte: Correio Braziliense

- Publicidade -

DEIXE UMA RESPOSTA

Por favor digite seu comentário!
Por favor, digite seu nome aqui